Taxas do Tesouro Direto recuam em primeiro dia de Copom

Mercados monitoraram início das conversas do Copom e Fomc, que vão decidir o rumo das taxas de juros no Brasil e nos EUA

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentaram queda na tarde desta terça-feira (29), primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

De olho na decisão do Banco Central, que sai amanhã (30), a expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto percentual na Selic e sinalizações de que o afrouxamento monetário deve continuar agradam investidores. Ontem (28), o Relatório Focus rebaixou as projeções para a taxa básica de juros em 2020, 2021 e 2022. Agora, é esperada uma Selic de 4,50% ao fim do próximo ano (ante 4,75%), de 6,38%, em 2021 (ante 6,50%), e de 6,50%, em dezembro de 2022, ante expectativa anterior de 7,00%.

No Tesouro Direto, o título atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,10%, ante 2,12% a.a. na abertura do dia.  O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.933,38 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 58,66 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,06% ao ano, ante 3,09% a.a. anteriormente.

Nos títulos com retorno prefixado, como o com prazo em 2022, a taxa recuava de 4,82% para 4,79% ao ano. Já o Tesouro Prefixado 2025 pagava 6,04% ao ano, ante 6,03% a.a. pela manhã.

Ainda no cenário doméstico, os mercados aguardaram sinais do próximo passo da equipe econômica após a aprovação da Previdência. Espera-se que um pacote de medidas seja apresentado ainda nesta semana e inclua reforma administrativa, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, PEC DDD – que pretende desindexar, desvincular e desobrigar gastos do orçamento – Pacto Federativo e programa de ajuda aos Estados.

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Nos EUA, o foco esteve na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que começou hoje e vai decidir amanhã o futuro dos juros no país. De acordo com levantamento feito pela Bloomberg com 40 economistas, 85% esperam um corte de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para um intervalo de 1,5%-1,75%. Neste ano, o Fed já baixou os juros duas vezes, em julho e setembro.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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