Investimentos em fundos de previdência crescem em agosto; busca por diversificação segue gradual

Novas contribuições em planos de previdência privada somaram R$ 11,5 bilhões no mês, alta de 23,4% na comparação anual

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Em meio ao debate em torno da reforma da Previdência, a procura por investimentos para garantir o futuro financeiro tem aumentado – e, somado a um ambiente de juros baixos, o investidor que antes se contentava com aplicações em renda fixa começa a se arriscar um pouco mais, ainda que de maneira gradual. É o que mostram dados recentes da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

De acordo com a entidade, as novas contribuições em planos de previdência privada somaram R$ 11,5 bilhões em agosto, alta de 23,4% ante o apresentado no mesmo mês de 2018.

No período, a captação líquida (diferença entre depósitos e resgates) totalizou R$ 5,3 bilhões, um aumento de 66,3% na comparação anual. Com o resultado, as reservas dos planos de previdência alcançaram em agosto a marca de R$ 904,7 bilhões, montante 13% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2018. O número de participantes, por sua vez, apresentou leve alta, avançando de 13 milhões para 13,3 milhões.

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Nos primeiros oito meses do ano, a previdência complementar aberta registrou R$ 79,7 bilhões em novos depósitos, um crescimento de 15,5% na comparação anual. No período, a captação líquida somou R$ 32,1 bilhões, volume 42,4% maior que o verificado em igual intervalo do ano anterior.

Busca por diversificação

Com juros na mínima histórica e expectativas de cortes mais agressivos na Selic até o fim do ano, investidores têm sentido a necessidade de aumentar o risco do portfólio para obter melhores retornos, inclusive nos planos de Previdência.

Os dados da FenaPrevi revelam que, no ano até agosto, cerca de 12% dos recursos foram aplicados em fundos multimercados, ante 10,2% em 2018. O deslocamento tem sido sentido desde 2016, quando a categoria respondia por 5,7% do total, aumentando para 8,1% em 2017.

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A maior parte das aplicações, contudo, permanece na renda fixa. Nos primeiros oito meses do ano, a parcela de fundos de renda fixa representava 84,4%. No mesmo período do ano anterior, a fatia era ainda maior, de 86,8%.

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PGBL x VGBL

Em agosto, os planos VGBL, indicados principalmente para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado, lideraram os novos depósitos, com 93% dos aportes realizados. Já os do tipo PGBL, recomendados para aqueles que declaram o IR pelo formulário completo, responderam por 6% dos novos ingressos no mês. O 1% restante dos depósitos foi direcionado para planos tradicionais, não mais comercializados pelas seguradoras.

No período, os planos individuais lideraram a captação, com 90% dos novos depósitos. Os planos coletivos, oferecidos por empresas a seus funcionários, responderam por 9% do total da captação no mês. Já os planos para menores ficaram com 1% das contribuições.

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