Taxas do Tesouro Direto recuam e prefixado paga menos que 5% ao ano nesta quinta-feira

Aposta crescente do mercado em cortes mais acentuados da taxa Selic contribuíram para a queda das taxas dos títulos públicos

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos indexados à inflação e negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, voltaram a recuar na tarde desta quinta-feira (17).

O movimento refletiu as perspectivas de cortes mais agressivos da Selic, diante do cenário interno e externo de inflação e atividade em níveis baixos, com expectativas de cortes de 0,75 ponto percentual da Selic ao final do mês. De acordo com a SPX, uma das maiores gestoras independentes do Brasil e com R$ 40 bilhões em ativos sob gestão, a expectativa é de que a taxa básica de juros encerre o ano entre 4% e 4,5%.

No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2022 oferecia, pela primeira vez, um retorno abaixo de 5%, de 4,90% ao ano. Na abertura de quarta-feira (16), a taxa anual oferecida era de 5,08%. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 900,34 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 36,01 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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O Tesouro Prefixado com prazo em 2025, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 6,13%, ante 6,22% a.a. anteriormente.

Nos títulos indexados ao IPCA, os com prazos em 2035 e 2045 pagavam a inflação mais 3,22% ao ano, ante 3,26% a.a. pela manhã. Já o retorno do Tesouro IPCA+ 2024 recuava de 2,28% para 2,23% ao ano.

Na cena internacional, mercados monitoraram o esboço do acordo para o Brexit, no Reino Unido, e o anúncio de que a China irá ampliar as compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos, em um momento em que Pequim e Washington trabalham no texto de um acordo comercial preliminar.

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Enquanto isso, no ambiente doméstico, o foco esteve no aprofundamento das divisões internas do PSL.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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