Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam nesta sexta-feira

Mercados monitoraram avanço da Covid-19 no mundo, pacote de estímulos nos EUA e cena política no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto viraram para queda na tarde desta sexta-feira (15).

O título com retorno prefixado e vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 7,01%, ante 7,09% na tarde de ontem. A taxa oferecida pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031, por sua vez, cedia de 7,48% para 7,37% ao ano.

Entre os indexados à inflação, o papel com vencimento em 2035 pagava um prêmio anual de 3,51% nesta tarde, ante 3,52% no fechamento de ontem. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 era de 3,92%, contra 3,91% anteriormente.

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No câmbio, o dólar tinha forte alta de 1,7% ante o real, negociado a R$ 5,29 por volta das 16h.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta sexta-feira (15):

Fonte: Tesouro Direto

Cena externa

No ambiente internacional, os investidores repercutiram hoje preocupações sobre a recuperação da economia global em meio à aceleração do coronavírus no Velho Continente e nos Estados Unidos.

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Ontem, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, revelou detalhes sobre o novo pacote de estímulos à economia, denominado “Plano de Resgate Americano”.

O pacote incluirá o pagamento direto de US$ 1,4 mil à maioria dos americanos, somando-se aos pagamentos de US$ 600 do plano aprovado pelo Congresso em dezembro. Dessa forma, o valor total será de US$ 2 mil.

Leia também:
Por que o pacote trilionário de estímulo de Biden não animou o mercado

No Reino Unido, diante das medidas de lockdown, a economia registrou uma contração de 2,6% em novembro. O patamar foi menos severo que a queda de 5,7% estimada por economistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters, mas marca a primeira contração da economia do país desde o início da pandemia.

Também no radar esteve a instabilidade na Itália, após o ex-primeiro-ministro, Matteo Renzi, anunciar, na quarta, que deixará de apoiar o atual governo de coalizão.

Hoje marcou ainda o início do congresso especial de dois dias da União Democrata Cristã, o conservador partido da chanceler alemã Angela Merkel. O congresso deverá definir, até sábado, o novo presidente, que estaria em posição para suceder Merkel.

Colapso em Manaus

No Brasil, as atenções recaíram sobre o agravamento das contaminações pelo coronavírus. No Amazonas, a média móvel de mortes subiu 183% em sete dias. O sistema de saúde de Manaus está em colapso, as internações estão batendo recordes e unidades de saúde estão sem tanques de oxigênio.

Ontem, dois aviões da Força Aérea Brasileira transportaram cilindros de oxigênio de São Paulo para a capital amazonense. Por meio do Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, informou que irá disponibilizar oxigênio para atender os hospitais de Manaus.

Ainda no radar das vacinas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, afirmou ontem que o país ainda está avaliando a possibilidade de exportar doses de imunizantes produzidos em seu território. Durante uma coletiva semanal, afirmou que é “muito cedo” para dar uma resposta sobre o tema.

Na agenda de indicadores domésticos, as vendas no varejo caíram 0,1% em novembro, contra uma expectativa dos economistas consultados pela Bloomberg de crescimento de 0,3%.

No âmbito político, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em transmissão nas redes sociais, que pretende elevar a isenção do Imposto de Renda para todos que ganhem até R$ 3 mil por mês no próximo ano. Antes, ele tinha afirmando que não foi possível mexer na tabela do IR em 2020 devido aos impactos econômicos da pandemia.

No radar econômico, até o momento sem grandes avanços, a equipe do ministro da Economia Paulo Guedes pretende promover a votação de reformas econômicas entre fevereiro e setembro, segundo o jornal Valor Econômico.

O enfoque, diz a matéria, será no ajuste fiscal, com a aprovação da PEC Emergencial, que cria os gatilhos que seriam acionados para garantir o cumprimento da lei do teto de gastos. Outro enfoque deverá ser a PEC da reforma administrativa.

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