Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira

Investidores repercutiram avanço da Covid-19 no mundo, e risco fiscal no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam alta na tarde desta quinta-feira (19), em um dia de maior aversão ao risco nos mercados, que repercutiam o avanço da segunda onda da Covid-19 no mundo.

O título prefixado com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 7,45%, ante 7,42% na tarde de ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031, por sua vez, avançava de 7,88% para 7,98% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,96%, ante 2,92% no pregão anterior. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+2035 subia de 4,15% para 4,18% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (19):

Fonte: Tesouro Direto

Avanço da Covid-19

Nesta quinta-feira, a atenção dos investidores recaiu sobre a decisão da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, de decretar o fechamento de escolas devido ao avanço do coronavírus.

Autoridades de outros estados e cidades do país também vêm reinstituindo medidas de restrição de mobilidade da população, incluindo toques de recolher, fechamento de negócios não essenciais e uso obrigatório de máscaras.

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Há o temor de que, caso a propagação da doença não seja contida, novos lockdowns precisem ser adotados, elevando o impacto econômico da doença sobre a maior economia do mundo.

O avanço da doença também tem sido visto em outras regiões, com Tóquio elevando seu alerta de vírus ao mais alto nível.

Do lado positivo, publicação da revista científica The Lancet afirmou que a vacina da farmacêutica AstraZeneca é capaz de gerar resposta imunológica em adultos de todas as idades, inclusive sobre aqueles com mais de 70 anos.

Risco fiscal

Além de monitorarem o avanço das contaminações pelo coronavírus no Brasil e no exterior, os investidores brasileiros repercutiram hoje a chegada ao país das 120 mil doses da vacina chinesa Coronavac.

Essa vacina, contudo, ainda está na última fase de testes e precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada na população.

Ainda no radar doméstico, a agência de classificação de risco Fitch Ratings confirmou ontem a nota de crédito soberano “BB-” do Brasil, com a manutenção da perspectiva negativa.

A empresa de ratings chamou atenção para os riscos fiscais do país em um ambiente de incerteza política e ressurgimento global das infecções pelo coronavírus.

No âmbito político, o ministro da Economia Paulo Guedes reafirmou, durante evento, o compromisso do governo com a regra que estabeleceu o teto aos gastos públicos, repetindo a defesa pela desindexação do Orçamento.

Segundo ele, enquanto não tiver coragem de enfrentar a indexação automática das despesas públicas, o Brasil não poderá sonhar em abrir mão do teto.

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