Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem com a escalada do coronavírus

No mundo, o número de pessoas infectadas pelo vírus supera os 95 mil, a maior parte deles na China, segundo a OMS

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, inverteram o movimento de alta apresentado pela manhã e viraram para queda na tarde desta sexta-feira (6), refletindo as apostas do mercado em novos cortes da Selic.

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Com relação ao fechamento de ontem, contudo, as taxas fecharam em alta, em meio à escalada da disseminação do coronavírus e dos receios sobre o impacto econômico da doença.

No mundo, o número de pessoas infectadas pelo vírus supera os 95 mil, a maior parte deles na China, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, já são nove casos confirmados. Nos Estados Unidos, com o avanço da doença, atingindo 233 pessoas, empresas como Facebook e Microsoft recomendaram que seus funcionários evitem sair de casa e trabalhem de casa.

Diante das preocupações com a Covid-19, o dólar seguiu forte e encerrou a semana com alta de 3,42%. Hoje, porém, a moeda americana recuou 0,36%, cotada a R$ 4,6336 na compra e R$ 4,6344 na venda, após um leilão de 40 mil swaps cambiais do Banco Central, encerrando uma sequência de 12 altas.

Questionado sobre a alta do dólar, o ministro da Economia Paulo Guedes disse ontem que isso “era perfeitamente previsível”. “Nós temos um câmbio flutuante. A flutuação agora é em um nível mais alto. [Vai ser] R$ 3,60, R$ 4,60? Não sabemos, é o câmbio flutuante, só que em patamar mais alto, simplesmente isso”, afirmou durante almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava 2,57% ao ano, ante 2,50% ao ano na tarde de quinta-feira (5). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ .

Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um retorno anual de 3,37%, ante 3,34% a.a. anteriormente.

A alta nas taxas também era encontrada nos títulos prefixados. É o caso do papel com vencimento em 2026, cujo retorno subia de 6,29% para 6,34% ao ano, enquanto no Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 a taxa avançava de 6,92% para 6,95% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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