Taxas de títulos do Tesouro Direto registram forte queda nesta terça-feira

Sessão foi marcada por menor tensão política após falas de Bolsonaro; no exterior, mercados monitoraram novas restrições dos EUA contra a China

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta terça-feira (18), com o mercado de olho no cenário político doméstico.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Ontem, em entrevista à CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a saída de Paulo Guedes nunca foi cogitada e que a possibilidade de furar o teto de gastos é zero.

“O governo tem prioridade na questão da responsabilidade fiscal e irá procurar recursos, pois há várias alternativas como privatizações e possibilidade de remanejamento de recursos de fundos”, disse.

Depois de reuniões para discutir medidas para liberar recursos do Orçamento, Guedes afirmou que a equipe econômica está estudando o que poderá ser remanejado de recursos orçamentários para fazer mais investimentos. “Existe muita confiança do presidente em mim e muita confiança minha no presidente”, afirmou o ministro antes das declarações de Bolsonaro, ao ser questionado sobre sua situação no posto.

Para o time da XP Política, as falas reforçam a visão de que Guedes não está de saída imediata, mas não encerram as disputas no governo.

“Ainda falta resolver como viabilizar os R$ 5 bilhões para agora – o que o próprio Guedes admite ser uma decisão de Bolsonaro – , e como solucionar o aperto do orçamento de 2021. O que moveu as tensões até agora foi a disputa por esses recursos. Enquanto ela não estiver solucionada, as oscilações na relação da dupla também existirão”, escreveram os analistas da XP, em relatório.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa de 4,00% nesta tarde, ante 4,17%, na segunda-feira (17). O prêmio pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, cedia de 6,65% para 6,42%.

Entre os títulos indexados à inflação, o papel com juros semestrais e vencimento em 2055 pagava uma taxa anual de 3,91%, ante 4,04% a.a. anteriormente, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+2035 recuava de 3,83% para 3,70% ao ano.

No câmbio, por volta das 16h, o dólar recuava 0,4% ante o real, sendo negociado a R$ 5,47. Ontem, a moeda chegou a bater R$ 5,50 com as preocupações com os riscos fiscais.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (18):

Fonte: Tesouro Direto

Ambiente internacional

Na cena global, os investidores monitoraram o aumento de restrições contra a chinesa Huawei pelo presidente americano Donald Trump, tornando mais difícil para a empresa acessar componentes essenciais como microchips.

Trump já havia assinado uma ordem executiva para a Bytedance, dona do aplicativo TikTok, vender suas operações no país.

No último fim de semana, as reuniões entre representantes dos Estados Unidos e da China para tratar do acordo comercial foram adiadas devido às tensões entre os dois países por conta de questões ligadas à tecnologia.

Curso gratuito do InfoMoney ensina como lucrar na Bolsa fazendo operações que podem durar poucos minutos ou até segundos: inscreva-se!