Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam após dados fracos do varejo

Após deflação do IPCA em setembro, dados fracos do varejo levam mercado a precificar Selic abaixo de 4,5% no início de 2020

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Após dados do varejo frustrarem expectativa e não servirem de apoio para conter o ajuste das expectativas depois da deflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro, as taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda na tarde desta quinta-feira (10).

Isso porque a curva de juros futuros já começa a precificar a possibilidade de a Selic ceder abaixo de 4,5% ao ano no início de 2020. Na próxima reunião, dia 30 de outubro, as apostas para um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, renovando mínima histórica para 5% ao ano, passaram a ganhar cada vez mais força após o IPCA.

Em agosto, as vendas no varejo apresentaram alta de 0,1% ante julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,9% a um avanço de 0,8%, mas abaixo da mediana, que indicava alta de 0,3%.

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No Tesouro Direto, o título indexado ao IPCA com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,53%, ante 2,56% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.870,50 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 57,41 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,40% ao ano, ante 3,41% a.a. anteriormente.

Já o papel com retorno prefixado e vencimento em 2022 oferecia uma taxa de 5,21% ao ano, ante 5,23% a.a. mais cedo.

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Ainda no ambiente doméstico, investidores se animaram com a aprovação no Congresso do projeto que divide os recursos do megaleilão do pré-sal.

Na cena externa, mercados seguem no aguardo pelo encontro entre EUA e China, marcado para amanhã em Washington, para buscar um acordo, mesmo que parcial, na guerra comercial.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

(Tesouro Direto)

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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