Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem na tarde desta terça-feira

Investidores monitoraram primeiro dia de reunião para definir juros no Brasil e nos EUA; foco recaiu sobre âmbito político no mercado doméstico

Mariana Zonta d'Ávila

Ilustração (Pollyana Ventura/Getty Images)

SÃO PAULO – No primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam alta na tarde desta terça-feira (15), com os investidores de olho no âmbito político doméstico.

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Isso porque o presidente Jair Bolsonaro aumentou as incertezas ao dizer que “está proibido falar Renda Brasil” em seu governo e que o Bolsa Família continua até 2022.

Bolsonaro criticou as ideias da equipe econômica de congelar aposentadorias e cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência. “Isso é um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade”, afirmou o presidente.

“Quem vier propor medida como essa só posso dar um cartão vermelho, porque não tem coração e nem entendimento de como vivem os aposentados”.

Mais tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, assegurou que o “cartão vermelho” não era para ele, algo que amenizou levemente os ânimos do mercado.

Vale lembrar que as sinalizações de desindexação do salário mínimo e aposentadorias foram abertamente faladas pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 4,26%, ante 4,20% a.a. na segunda-feira (14). O prêmio oferecido pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, subia de 6,66% para 6,73% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com juros semestrais e prazo em 2055 pagava uma taxa anual de 4,06%, ante 4,03% a.a. anteriormente. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+ 2035 subia de 3,79% para 3,82% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (15):

Fonte: Tesouro Direto

Quadro internacional

Assim como no Brasil, os investidores monitoraram hoje o primeiro dia de reunião, nos Estados Unidos, do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do banco central americano, que irá definir o rumo da taxa básica de juros do país. A expectativa é pela manutenção dos juros no patamar atual, próximo de zero.

As atenções também recaíram sobre os dados da produção industrial chinesa, que cresceu 5,6% em agosto ante o mesmo período de 2019. O resultado veio levemente acima da projeção dos economistas consultados pelo jornal The Wall Street Journal, que estimavam uma alta de 5,2% na base anual.

Já as vendas do varejo cresceram 0,5%, primeiro resultado positivo neste ano, segundo o National Bureau of Statistics. Mesmo assim, as vendas caem 8,6% no acumulado do ano.

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