Taxas de títulos do Tesouro Direto operam em queda nesta quarta-feira

Investidores repercutiram entrega da primeira fase da Reforma Tributária ao Congresso e monitoraram tensão entre EUA e China, no exterior

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

SÃO PAULO – Os prêmios oferecidos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto amenizaram a queda na tarde desta quarta-feira (22), com o mercado ainda atento à entrega da primeira fase da reforma tributária ao Congresso Nacional na terça-feira.

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Ainda na cena doméstica, investidores monitoraram a temporada de balanços do segundo trimestre, que teve início ontem e trará um cenário mais claro de como foi o desempenho das companhias no auge da crise, em abril, e também como está se dando a recuperação (ainda que lenta) nos meses seguintes.

Segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, o fundo do poço da crise decorrente da pandemia de Covid-19 ocorreu em abril e no começo de maio. “O terceiro trimestre terá menos incerteza sobre o ritmo de atividade e o quarto trimestre, menos incerteza ainda”, afirmou em live promovida pelo jornal Valor Econômico.

Ele ressaltou a importância de monitorar o cenário mundial e citou a necessidade de alguns países europeus determinarem novas medidas de isolamento social após novos surtos de contaminação pelo coronavírus.

“Nos Estados Unidos e no Brasil não têm segunda onda. Em países continentais há uma dificuldade em entender o que é a ‘primeira onda’. Já em alguns países europeus têm havido alguma volta (da Covid-19) e isso é fundamental para as expectativas”, completou.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 2,25% ao ano nesta manhã, ante 2,28% a.a. na tarde de terça-feira (21). Os papéis com prazos em 2045 e 2035, por sua vez, pagavam um prêmio anual de 3,63%, frente 3,66% a.a. anteriormente.

Entre os títulos com retorno prefixado, o de vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 4,12%, ante 4,15% a.a. na véspera, enquanto o prêmio pago pelo mesmo papel com vencimento em 2026 tinha alta de 6,06% para 6,09% ao ano.

Seguindo o movimento de queda apresentado ontem, o dólar operava em queda, de 2%, ante o real, negociado a R$ 5,10 por volta das 16h.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (22):

Fonte: Tesouro Direto

Cena externa

No mercado internacional, o dia foi marcado por um aumento de aversão ao risco, com a elevação das tensões entre Estados Unidos e China.

O fato teve respaldo na decisão do governo americano de fechar abruptamente o consulado do país asiático em Houston, no Texas. Segundo um porta-voz do Departamento de Estado americano, a decisão foi atribuída à necessidade de “proteger a propriedade intelectual e as informações privadas dos americanos”.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que reagiria com “contramedidas firmes” se o presidente americano, Donald Trump, não revogasse a decisão. De acordo com a Bloomberg, a China está considerando ordenar o fechamento do consulado dos EUA na cidade de Wuhan.

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