“Momento é ótimo para quem investe”, diz especialista em investimentos

SÃO PAULO – O cenário macroeconômico no Brasil é bastante turbulento, com o governo enfrentando problemas fiscais, inflação bastante acima do teto da meta e perda do grau de investimento. Como esse clima, seria de se esperar que o momento para investimentos seria catastrófico, mas não. “Momento é ótimo para quem investe”, afirma Ronaldo Bella, sócio da Allux Investimentos.

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O especialista destaca quem diferentemente de outros períodos de crise, os investidores estão encontrando boas opções de investimento com alta rentabilidade e bastante segurança. “O investimento em bolsa não é aconselhado no curto prazo, mas é possível encontrar excelentes opções na renda fixa”, atesta.

Ronaldo afirma que o investidor deve dividir seus investimentos em três camadas. A primeira delas é o curto prazo, o dinheiro que pode ser usado em caso de emergência e que deve cobrir cerca de um ano de salário. Para essa faixa, a recomendação são os fundos DI, que têm sua rentabilidade próxima da taxa Selic. “Dá para aproveitar os juros altos até no fundo de reserva”, relata.

Já no prazo de dois a três anos, a sugestão do especialista é investir em títulos bancários, como os CDB (Certificados de Depósito Bancário). Em relação à rentabilidade, ele sugere a estratégia pós-fixada, uma vez que, para ele, não há perspectiva de queda de juros no futuro próximo.  Vale lembrar que os CDB contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações até R$ 250 mil, que é a mesma segurança que a poupança conta.

Para o longo prazo, a recomendação de Ronaldo é pelo investimento em debêntures. “A perspectiva, no longo prazo, é que a taxa de juros vá cair. Com isso, ter um produto, com um bom rating, que pague uma alta taxa prefixada e seja isento de imposto de renda é algo muito bom”, afirma.

Em relação ao cenário atual da economia brasileira, Ronaldo relata que o principal problema que percebe é uma crise de confiança com o governo. “A administração vai ter que recuperar a confiança do empresariado para trazer mais investimentos e empregos”, diz. 

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