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SÃO PAULO – A poupança é, de longe, o investimento preferido dos brasileiros. No entanto, o que a maioria das pessoas não sabe é que existem modalidades de investimento tão conservadoras quanto a poupança com uma rentabilidade até 40% superior em um período de dois anos de investimento.
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Considerando a rentabilidade da poupança de 0,62% ao mês, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) a uma taxa de 13,64% ao ano e um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com um prazo de dois anos, já descontando o Imposto de Renda de 15%, o título bancário ainda renderá 47% mais que a poupança nesses dois anos, chegando a uma rentabilidade de 29,72%, contra 15,99% da poupança no mesmo período.
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Roberto Seidel, CFP, planejador financeiro da Patrimono, destaca que tanto os CDB, quanto as LCI (Letras de Crédito Imobiliário) têm o mesmo nível de proteção da poupança, que é do FGC (fundo garantidor de crédito), que garante aplicações de até R$ 250 mil em caso de quebra da instituição financeira.
“As pessoas continuam na poupança por pura falta de conhecimento”, assinala o especialista. Seidel afirma ainda que falta hábito das pessoas de procurar opções melhores do que a caderneta de poupança para investir. No entanto, um CDB que pague uma taxa mais alta, como a de 120% do CDI, tende a ter uma carência maior e o investidor deve se manter posicionado no título por cerca de dois anos, geralmente.
Para um CDB de liquidez diária, a mesma da poupança, é possível encontrar rentabilidades de cerca de 103% do CDI, afirma o especialista. Nesse caso, o investimento ainda teria um desempenho 35% superior ao da poupança em um prazo de dois anos. Seidel ressalta que “não vê nenhum motivo” para os investidores continuarem na poupança quando existe a possibilidade de conseguir uma rentabilidade muito maior em opções tão conservadoras quanto ela.
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Já uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário), título que é isento de imposto de renda, que tenha uma rentabilidade de 100% do CDI, em dois anos terá um desempenho 46% superior ao da poupança. A diferença será de 17,38% de rentabilidade para a poupança no período contra 29,14% para a letra de crédito.
Além disso, a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) destaca que, com o atual ciclo de alta de juros, a rentabilidade das aplicações financeiras em renda fixa tem ficado maior. Os fundos de renda fixa apresentaram uma rentabilidade de 0,82% em maio de 2015, de acordo com a associação.
Além disso, vale ressaltar que 2015 tem sido um ano de recordes negativos para a captação da poupança. De acordo com dados do Banco Central, até maio desse ano, a captação líquida (diferença entre depósitos e saques) da poupança ficou negativa em R$ 32,28 bilhões. Uma parte dessa queda se deve ao cenário macroeconômico mais complicado atual, mas outra parte, também se deve a uma busca de opções de investimento mais interessantes e rentáveis por parte dos investidores.
