Tesouro direto rende mais de 10% ao ano com alta do juro

As melhores opções, segundo especialista, são as LTNs 2016 e 2017, e as NTN-Bs 2035 e 2050

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O ciclo de afrouxamento monetário, realizado entre agosto de 2011 e outubro de 2012, colaborou com a baixa rentabilidade que os títulos públicos prefixados vinham oferecendo, no entanto, esse ano, com o juros em alta novamente, alguns dos papeis voltaram a ficar mais atrativos, de acordo com Richard Rytenband, economista e especialista em investimentos e métodos quantitativos. As LTNs (títulos prefixados negociados pelo programa Tesouro Direto), por exemplo, voltaram a render mais de 10% ao ano.

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As LTNs com vencimento em 2016 e 2017 estão oferecendo 11,39% e 11,67%, respectivamente, enquanto as NTN-Fs, com vencimento em 2023 estão rendendo 11,65% ao ano. No entanto, é válido reforçar que essa rentabilidade só é garantida para quem segurar o papel até a data do vencimento. Se vender antes, o investidor fica sujeito às oscilações do mercado e os títulos prefixados são considerados bastante voláteis.

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Segundo o especialista, no começo do ano, a curva de juros começou a dar um sinal de que ia mudar a inclinação. O mercado começou a precificar o aperto monetário, mas estava muito volátil. A regra básica era fugir de prefixados e atrelados à inflação. “No entanto, no ultimo aumento de 0,5% da Selic, a curva adotou um comportamento mais previsível e, nos últimos dias, ela atingiu patamares mais interessantes indicando oportunidades de compra de LTNs mais longas, como a de 2016 e 2017. Quanto maior o prazo, maior a rentabilidade”, afirmou.

Títulos pós-fixados
Em relação a títulos pós-fixados, o destaque são as NTN-Bs de longo prazo, como as com vencimento em 2035 e 2050, que estão rendendo 5,56% e 5,60%, respectivamente, mais a variação do IPCA no período, pois esses títulos são indexados a inflação. Com o índice de preços em 6,50% ao mês (dado de maio do IBGE), teto da meta do governo, a rentabilidade desses títulos seria de 12,06% e 12,10%, respectivamente.

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De acordo com Rytenband, o ideal agora é retornar para as NTN-Bs, que estão em um patamar muito bom. “As melhores opções são as LTNs 2016 e 2017, e as NTN-Bs 2035 e 2050. Mas indico ganhar capital nas flutuações. No curto prazo, para esses títulos, tem maneiras de explorar muito melhor do que vender no vencimento”, explicou. No entanto, é preciso ser investidor experiente para operar com estes títulos no curto prazo. Para a maior parte dos investidores, o ideal é adequar o vencimento com o objetivo para evitar possíveis perdas no meio do caminho.

Já as LFTs, que são títulos atrelados à variação da Selic, não estão tão atrativas na opinião de Rytenband. Segundo ele, a alta do juros já está precificada na curva, ou seja, essa é a hora de realizar o lucro das LFTs e correr para as LTNs e NTN-Bs. “Operar renda fixa não é tão óbvio e tem diversas regras. É preciso saber operar a curva de juros. Esse mercado pode ser muito mais complexo do que o mercado de renda variável”, finalizou.