Quer ficar rico investindo? 3 especialistas listam dicas valiosas

É preciso de muita disciplina, estratégia e conhecimento para ficar milionário investindo

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Ficar rico investindo e viver apenas de renda é o sonho de muitas pessoas, mas está longe de ser uma tarefa fácil. É preciso de muita disciplina, estratégia, bastante estudo e até um pouco de sorte.

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Para deixar você mais perto de conquistar esse sonho, conversamos com alguns especialistas que listaram 9 dicas que podem ajudá-lo a se tornar um milionário que vive só der renda, sem precisar mais trabalhar para pagar suas contas, comprar coisas e fazer viagens, por exemplo.

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1 – Diversifique muito (e corretamente) seus investimentos
A renda tem que vir de várias fontes para conseguir viver só dela. Um erro que as pessoas cometem é o de colocar o dinheiro em um fundo ou no CDB e achar que está garantido, pois não está. A coisa mais importante é diversificar seus investimentos, porque ao longo do tempo eventuais perdas ou ganhos baixos podem ser compensados por outras aplicações. A renda tem que vir de todos os lados: aluguéis, títulos, dividendos. Você pode ganhar através de juros, assim como você também pode ganhar através de valorização do ativo. Imóveis e ações de dividendos são um exemplo: além de poder ganhar com a valorização do ativo no mercado, você tem uma renda periódica com o aluguel ou com os proventos pagos pela empresa.   Eliana Bussinger, consultora financeira.

2 – Vigie de perto seus investimentos
A vigilância permanente dos seus investimentos é um ponto muito importante. Não deixe quem está administrando seu dinheiro agir por conta própria, sempre acompanhe de perto, se não tudo pode desaparecer. Um exemplo é o do caso Madoff e seu  esquema de pirâmide. Muita gente se deu mal. Eliana Bussinger.

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3 – Entenda a diferença entre independência financeira e liberdade financeira
É muito importante entender essa diferença. Independência financeira é quando você consegue ter uma vida confortável e viver de renda, mas precisa ficar vigilante para um dia o dinheiro não acabar. Já a liberdade financeira é quando a pessoa não precisa mais se preocupar com nada, pode comprar o que quiser, viajar para onde quiser e quando quiser. É quando a pessoa chega a uma situação na qual o dinheiro dela não vai mais acabar. Esses casos são raríssimos. Hoje, no Brasil, apenas 2% dos idosos são independentes financeiramente falando, ou seja, que conseguem viver da aposentadoria. Eliana Bussinger, consultora financeira.

4 – Administre os seus recursos como se fosse uma empresa
É importante demais fazer isso, mas sua “empresa”, no caso, tem que ser tomadora de recursos, ou seja, superavitária. Tente controlar a despesa para que sobre, no mínimo, 10% do lucro total – o ideal é 30% e, quanto mais, melhor. Sérgio Quintella, diretor da Valore Investimentos Personalizados.

5 – Quite todos os empréstimos
É muito importante acabar com tudo, até mesmo com financiamentos. Mesmo se for um financiamento de automóvel, por exemplo, com uma taxa reduzida, elimine-o. Pode dar a impressão de que é mais importante ter o dinheiro guardado e pagar o carro mês a mês do que ter o carro quitado, mas isso não é verdade, pois comprar à vista e fugir do juros sempre é a melhor opção. Sem falar que comprando à vista sempre se consegue desconto. Então a pessoa tem que caminhar para zerar as dívidas. Sérgio Quintella.

6 – Comece o quanto antes
A pessoa tem que entender que R$ 100 investidos hoje é muito diferente do que R$ 300 investidos daqui 10 anos. Cada dinheiro é uma arvore que vai crescer, ou seja, se você plantar hoje vai estar maior daqui ha 10 anos do que se tivesse plantado daqui cinco anos. Invista sempre e comece o quanto antes for possível. Sérgio Quintella.

7 – Entenda os perfis de risco de cada investidor
Entender o seu perfil de risco e levar em consideração de que a aplicação visa o longo prazo é muito importante. Se uma pessoa sabe que vai alocar uma parte da carteira em ações, tem que estar ciente que haverá oscilação, inclusive para baixo, ao longo do caminho. O próximo passo então seria  criar uma estratégia de alocação de ativos. Suponha que o perfil de risco é condizente com 50% em renda fixa e 50 % em renda variável. Se após algum tempo um cair e outro subir, ela deve sempre igualar novamente. Por exemplo, após um tempo os 50% em renda fixa viram 70% e os 50% em renda variável viram 30%, ela vai ter que rever essa carteira para comprar mais ações até ficar 50%/50% novamente. Sérgio Quintella.

8 – Guarde dinheiro para uma emergência
Deixe sempre um pouco de dinheiro líquido para uma emergência Quem está começando a entrar nesse planejamento de independência financeira tem que fazer um cálculo para saber quanto guardar de dinheiro, pois isso depende de pessoa para pessoa. O certo é guardar cerca de seis meses de salário em um investimento que seja líquido, como poupança, CDB ou fundo de renda fixa que tenha liquidez boa e esteja pagando bem. Hoje temos alguns fundos melhores que a poupança e com liquidez D+1. É importante ter isso para o caso de ter uma emergência, como perder o emprego, por exemplo. Seis meses é o tempo médio para se recolocar no mercado. É importante, como dica, sempre ter um dinheiro na mão para não ter que dar passos para trás se necessário. Sérgio Quintella.

9 – O tripé que deve sustentar seu objetivo é: tempo, rentabilidade e montante
Para ficar rico você tem que pensar em três coisas básicas: tempo, rentabilidade e na quantia depositada por mês. Abrir mão de consumir hoje para consumir no futuro é um problema psicológico – as pessoas não conseguem esperar pra ter alguma coisa e por isso se endividam para pagá-la. É importante usar o tempo a seu favor, e não contra você.

A segunda coisa são os investimentos e sua rentabilidade. Precisa de informação, mas é a variável que está menos em nossas mãos. Para administrar o tempo é preciso disciplina. Já em relação aos investimentos é importante estudar, mas quando vou para investimentos com mais riscos, como a bolsa de valores, eu assumo riscos, então foge um pouco do seu controle.

Outro ponto é o montante aplicado todos os meses. As pessoas ficam preocupadas em investir bem, mas não guardam tanto quanto deveriam. Se você investir  bem e arriscar, pode conseguir uma rentabilidade de 1% ao mês. Investindo R$ 200 todos os meses, por exemplo, você vaiacumular menos do que aquele que conseguir juntar todos os meses R$ 400 com uma rentabilidade bem menor, de 0,5%, por exemplo.

Gaste menos do que você ganha e controle os gastos. Pouca gente fala em quanto guardar. O montante aplicado deve ser constante. Se você for muito conservador e investir só em renda fixa, mas a quantia guardada por mês for grande, você consegue a independência financeira. Mas R$ 200 por mês, em 30 anos, não aposentam ninguém, pois com as taxas que os bancos cobram e a tributação, você vai ter uma rentabilidade muito baixa. Por isso eu considero mais importante o montante, depois o tempo e, por último, a rentabilidade. Elisson de Andrade, educador financeiro.