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Novembro terminou com ganhos para todas as modalidades do Tesouro Direto, algo inédito no ano. Mesmo em um ambiente de incerteza econômica, quem investiu em títulos públicos no mês saiu no positivo, independentemente do prazo ou do tipo de indexação.
Os números mostram avanços consistentes. Os prefixados registraram altas entre 1,18% e 1,52%, com destaque para o Prefixado 2031, que subiu 1,51%, e o Prefixado 2035, com 1,52% entre os papéis com juros semestrais. Nos vencimentos mais curtos, os ganhos também foram amplos: 1,20% no 2026 e 1,18% no 2027.

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Os pós-fixados acompanharam o movimento. O Tesouro Selic apresentou retornos próximos entre si, entre 1,17% e 1,21%, mantendo o comportamento esperado de baixa volatilidade e alinhamento à taxa básica de juros.
Os títulos atrelados à inflação também terminaram o mês no campo positivo, com desempenho mais disperso. As altas variaram de 0,47% a 1,83%. O melhor resultado veio do IPCA+ 2040, que avançou 1,83%. Já o IPCA+ 2050 subiu 0,47%, enquanto vencimentos intermediários, como 2035 e 2032, tiveram ganhos de 0,91% e 0,89%.
O mês foi marcado por sinais mistos no cenário doméstico e internacional, mas com algum alívio na volatilidade. A expectativa de que o Banco Central mantenha a Selic em 15% ao ano até o fim de 2025 ganhou força, em meio à leitura de que a queda da inflação ainda não sustenta cortes no curto prazo. O mercado segue apostando em início do ciclo de queda no primeiro trimestre de 2026, com crescimento moderado das projeções para janeiro.
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Vale lembrar que os ganhos de novembro refletem a marcação a mercado, mecanismo que ajusta diariamente o preço dos títulos conforme as condições do mercado. É esse valor atualizado que o investidor visualiza na corretora.
O resultado só se materializa se houver venda antecipada: lucro ou prejuízo ocorre no momento do resgate. Para quem mantém o papel até o vencimento, vale o retorno contratado no ato da compra, independentemente das oscilações ao longo do caminho.
Confira o desempenho dos títulos em novembro, do maior para o menor ganho:
- IPCA+ 2040: +1,83%
- Prefixado 2035 (juros semestrais): +1,52%
- Prefixado 2031: +1,51%
- Prefixados curtos e médios:
- 2026: +1,20%
- 2027: +1,18%
- Tesouro Selic: entre +1,21% e +1,17%
- IPCA+ intermediários:
- 2035: +0,91%
- 2032: +0,89%
- IPCA+ 2050: +0,47%