Quanto rendem R$ 50 mil a 90%, 100%, 105%, 110% e 120% do CDI?

Veja como um investimento de R$ 50 mil em CDBs atrelados a diferentes percentuais do CDI poderia render em um ano

Lucas Gabriel Marins

Renda Fixa (Imagem gerada com auxílio de IA/Rodrigo Petry)
Renda Fixa (Imagem gerada com auxílio de IA/Rodrigo Petry)

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Com os juros elevados no Brasil, as aplicações de renda fixa seguem entregando retornos atrativos, especialmente aquelas atreladas ao CDI, índice que baliza boa parte dos investimentos no país.

Ainda assim, os diferentes percentuais de remuneração sobre esse indexador podem confundir, sobretudo quem está começando a investir.

Por isso, o InfoMoney simulou quanto um investimento de R$ 50 mil poderia render em um ano em certificados de depósito bancários – os famosos CDBs – que pagam 90%, 100%, 105%, 110% e 120% do CDI.

Quanto R$ 50 mil rendem no CDI em um ano?

Um CDB que paga 90% do CDI entregaria uma rentabilidade líquida anual de 10,88%, resultando em um ganho de R$ 5.438,81 após o desconto de 20% de imposto de renda (IR).

O IR sobre CDBs segue uma tabela regressiva, conforme o tempo de aplicação: 22,5% para resgates em até 180 dias, 20% entre 181 e 360 dias, 17,5% de 361 a 720 dias e 15% para investimentos superiores a 720 dias.

Já um título que paga 100% do CDI proporcionaria uma rentabilidade líquida de 12,09%, com um retorno de R$ 6.043,12 ao final de 365 dias. No caso de um investimento com 120% do CDI, o ganho líquido chegaria a R$ 7.251,75, o que equivale a 14,50% de rentabilidade líquida anual.

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Veja quadro completo:

CDIRentabilidade anual líquida (%)Ganho líquido em um 1 ano
90%10,88%R$ 5.438,81
100%12,09%R$ 6.043,12
105%12,57%R$ 6.284,85
110%13,29%R$ 6.647,44
120%14,50%R$ 7.251,75

O que analisar na hora de escolher CDBs?

Na hora de aplicar em CDBs, um dos principais critérios analisados, segundo especialistas, deve ser a solidez do emissor. Embora todos os CDBs sejam emitidos por instituições financeiras, há grandes diferenças entre os bancos. Nomes tradicionais como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Santander e Bradesco oferecem maior segurança, enquanto instituições menores e financeiras podem representar riscos maiores.

Segundo Fernando Felipe, especialista da Veedha Investimentos, é fundamental entender a quem se está emprestando dinheiro. É muito importante você levar em consideração qual é o risco desse emissor e para qual banco você está emprestando dinheiro”.

Outro ponto importante é o prazo do investimento. CDBs com liquidez diária costumam oferecer rendimento menor e sofrem maior tributação. Por fim, o cenário econômico também influencia diretamente na atratividade dos CDBs, de acordo com Felipe. “Quanto mais alta a taxa de juros, maior é a remuneração dos CDBs atrelados ao CDI; por outro lado, quanto mais baixa a taxa, menor tende a ser essa remuneração.”

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Riscos

Os CDBs carregam risco de crédito – ou seja, existe a possibilidade de a instituição emissora não conseguir honrar o pagamento do valor investido com os juros acordados. Por isso, especialistas reforçam a importância de pesquisar a reputação e a solidez financeira do emissor antes de aplicar.

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Apesar disso, esses títulos contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma entidade privada e sem fins lucrativos. O FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira, em caso de falência ou calote, o que adiciona uma camada extra de segurança ao investidor.

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