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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por mais um corte de 0,50 ponto percentual da taxa Selic na primeira reunião de 2024. Foi a quinta redução consecutiva dos juros básicos da economia, que vão a 11,25% ao ano.
A Selic já completa 2,50 pontos percentuais de queda desde agosto de 2023, quando completava um ano a 13,75%. Com isso, o crédito fica mais barato, mas a renda fixa passa a remunerar menos os investidores – apesar de ainda continuar atrativa.
“Uma parcela de renda fixa é sempre importante em qualquer carteira, ao menos para a reserva de emergência. Quando falamos em investidores conservadores, a renda fixa pós-fixada (atrelada ao CDI) sempre terá o maior peso na composição da carteira, mesmo com a Selic mais baixa”, aponta Camilla Dolle, head de renda fixa da XP.
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Mas, quanto exatamente o dinheiro passa a render com os juros a 11,25% ao ano? Confira a resposta no gráfico abaixo, com cálculos elaborados pelo time de análise de renda fixa da XP:
Poupança (de novo) na lanterna
Desde 2012, sempre que a Selic supera 8,5% ao ano, a rentabilidade da caderneta é fixada em 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a variação da TR (Taxa Referencial). Quando a taxa básica cair para menos de 8,5%, o retorno da poupança voltará a ser de 70% da Selic mais TR.
Hoje, com a TR caindo junto com a Selic, um investimento inicial de R$ 10 mil se transformaria em um montante de R$ 10.639 um ano depois, praticamente o mesmo de quando a Selic estava em 11,75%. Em dois anos, a economia sobe para R$ 11.319 e em três, para R$ 12.042.
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Título público pós-fixado
Uma aplicação de R$ 10 mil no Tesouro Selic 2029 – título público disponível para investimento no Tesouro Direto – somaria, com rendimentos, R$ 10.923 em um ano, ante R$ 10.965 antes do novo corte de juros em um ano, já descontando taxas e impostos. Em dois anos, o montante alcançaria 12.019 e, em três anos, a R$ 13.134.
LCI e LCA
Também isentas de Imposto de Renda, as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) oferecem o mesmo risco de crédito (possibilidade de inadimplência) da poupança, mas garantem maior rentabilidade – em troca de prazos maiores, como carência de 90 dias.
Com a nova Selic, um investimento de R$ 10 mil em LCIs ou LCAs que paguem 90% do CDI alcançaria R$ 11.007 após um ano, . O valor chega a R$ 12.117 em dois anos e a R$ 13.262 em três.
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CDB
O investidor correu para CDBs com a Selic em alta, mas já deve redobrar os cálculos para saber se o investimento compensa. Um deles é o imposto de renda: em geral, só começa a valer a pena diante de LCI ou LCA se a remuneração bater pelo menos 110% do CDI, que costuma render 0,1 ponto percentual abaixo da Selic – ou seja, agora 11,15%.
Segundo cálculos da XP, atualmente, um CDB a 110% do CDI transformaria R$ 10 mil em R$ 11.017 após um ano, em R$ 12.225 em dois, e em R$ 13.464 em três anos. Os valores já considera o desconto do Imposto de Renda.
O que levar em conta antes de investir
Ativos como esses podem ser encontrados nas plataformas de investimento, mas é importante levar em conta fatores como liquidez – que não é diária para CDBs, LCIs e LCAs que pagam mais – e rentabilidade: em geral, quanto maiores as maiores taxas, maiores são os riscos de crédito das instituições emissoras.
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As aplicações em CDB, LCI, LCA e poupança são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), espécie de “seguro” que devolve ao investidor até R$ 250 mil em caso de problemas com o emissor, como uma intervenção do Banco Central. Os títulos públicos não contam com essa proteção, mas são considerados “livres de risco” porque são emitidos pelo governo federal.
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