BC corta Selic em 0,50 p.p. para 11,25%, em decisão unânime

Decisão veio em linha com o esperado pelo mercado; essa foi a quinta redução seguida na taxa Selic, que agora está no menor patamar desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano

Roberto de Lira

Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília (iStock)

Publicidade

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu novamente cortar em 0,50 ponto percentual a Selic, a taxa de juros básicos da economia. A taxa passou de 11,75% para 11,25% ao ano, em nova decisão unânime entre os membros do Comitê.

Essa foi a quinta redução seguida na taxa Selic, que agora está no menor patamar desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano.

A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado. O consenso LSEG de analistas já apostava em uma redução dos juros para 11,75%.

Planilha Gratuita

Fuja dos ativos que rendem menos com essa ferramenta gratuita

Baixe a Calculadora de Renda Fixa do InfoMoney e compare a rentabilidade dos ativos

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Segundo o comunicado da decisão, a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.

“O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, diz o texto.

O BC diz ainda que a inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes. “As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência situam-se em 3,5%, em 2024, e 3,2%, em 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 4,2%, em 2024, e 3,8%, em 2025.”

Continua depois da publicidade

O comunicado não avançou em seus comentários anteriores sobre os riscos fiscais no país. Apenas repetiu que, tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirmou a importância da firme persecução dessas metas.