Poupança: brasileiro volta a tirar dinheiro da caderneta em outubro

No acumulado do ano, caderneta segue com resgates maiores que os aportes em R$ 6,3 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Após dois meses de investimento no produto, o brasileiro voltou a tirar dinheiro da poupança em outubro. A caderneta encerrou o mês com resgate líquido (depósitos menos retiradas) de R$ 247,3 milhões, depois do ingresso recorde de R$ 8,7 bilhões em setembro – o maior para o período desde o início da série histórica do Banco Central, em 1995, – e R$ 1,3 bilhão, em agosto.

Com o resultado de outubro, o brasileiro tirou dinheiro da caderneta em seis de dez meses de 2019 e o produto acumula resgate líquido de R$ 6,3 bilhões no ano. O saldo negativo de 2019 contrasta com os dados de 2017 e de 2018, quando a caderneta registrou captações líquidas de R$ 17,1 bilhões e R$ 38,3 bilhões, respectivamente.

O resultado pode ser explicado, em parte, pelo ambiente de fraco crescimento econômico e desemprego, que leva famílias a recorrerem aos recursos depositados na caderneta para pagar as contas ao fim do mês.

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Baixa rentabilidade

Com a taxa básica de juros em trajetória de queda, o rendimento da caderneta também tem diminuído. A Selic no patamar de 5% ao ano significa hoje um retorno de 3,5% da poupança ao ano. Em outubro, a caderneta rendeu 0,32% e, em 2019, a rentabilidade chega a apenas 3,66%, ante um CDI de 5,17%.

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Mais importante do que a redução de rentabilidade com a queda dos juros, o investidor precisa se atentar à variação da inflação, que pode corroer seus rendimentos. Para 2020, é esperada inflação de 3,6%, o que, no cenário atual e considerando as expectativas de novos cortes da Selic, levaria à perda de dinheiro na caderneta.

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