Política não deve interferir no investimento em ações, afirmam gestores da Alaska e da XP

Segundo Henrique Bredda e João Braga, aplicação em Bolsa deve ser pensada no longo prazo e momento de estresse não deve mudar decisão de investimento

Mariana Zonta d'Ávila

João Braga, da XP Asset, e Henrique Bredda, da Alaska Asset, no evento Rico Connect, em São Paulo (Rodrigo Trevisan/Orlando Soares)

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SÃO PAULO – O investidor encerrou esta semana com um tom de frustração. Isso porque o Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (8) com queda de 1,78%, enquanto o dólar subiu 1,83%, para R$ 4,17 – o maior valor em três semanas –, após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão em Curitiba. Diante de momentos de estresse, associados a questões desvinculadas do universo corporativo, como se comportar na Bolsa?

Para Henrique Bredda, da Alaska Asset, e João Braga, da XP Asset, eventos políticos de curto prazo não devem pesar na tomada de decisões. “Não perca tempo com política para investir em ações”, afirmou Bredda, durante o painel Stock Pickers, realizado ontem (8) no evento Rico Connect, em São Paulo. Segundo ele, os políticos são irrelevantes para o desempenho da Bolsa no longo prazo.

A avaliação é compartilhada por Braga, que disse enxergar a notícia como uma chance para aumentar as posições. “Barulhos como esse geram volatilidade, preço bom e nós aproveitamos as oportunidades que surgem.”

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Via Varejo x Magazine Luiza

Entre as ações que compõem os portfólios da Alaska e da XP, as de Magazine Luiza e Via Varejo, respectivamente, foram destacadas no painel da Rico. No ano, MGLU3 dispara 95%, enquanto os papéis de VVAR3 avançam 65%. Por que a opção por uma empresa e não pelo outra?

De acordo com Braga, o que sustenta sua tese compradora em Via Varejo vai além das expectativas de retomada da economia e do consumo, e está pautado na história de “turn around” da empresa, com atitudes a serem adotadas que podem agregar valor.

“Todo o sucesso de Magalu começou com um turn around lá em 2015, 2016, e essa é a história de Via Varejo hoje”, afirmou, já em tom de provocação. “Mas torço para que os papéis de Magalu caiam, porque, se caírem bastante, eu compro.”

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Bredda, por sua vez, disse preferir os papéis de Magalu pela sua confiança na administração e na cultura da companhia. “Talvez eu esteja deixando na mesa não ter Via Varejo, mas prefiro ficar dentro do meu círculo de competência”, ressaltou.

Segundo ele, o Alaska não está em sua posição máxima nos papéis da varejista, o que lhe deixa espaço para aproveitar uma maior queda dos preços do ativo para aumentar a exposição.

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