Petrobras: não precisava ser insider para ganhar com queda da ação

Estratégias de derivativos permitem apostar na queda e na alta ao mesmo tempo, sem arriscar seu dinheiro.

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(Getty Images)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) começou uma caçada para pegar o suposto insider que ganhou milhões com a queda das ações quando o presidente Jair Bolsonaro interferiu na Petrobras. O jornal O Globo contou que pelo menos um investidor pode ter apostado 160 mil reais na queda das ações e colocado no bolso 18 milhões de reais dois pregões depois.

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Para quem já é iniciado no mundo dos derivativos, sabe que a operação feita foi muito simples. Uma simples PUT resolveu o problema: o investidor comprou a opção de vender Petrobras a uma cotação menor do que o pregão registrava no dia. E quanto mais improvável parece, mais dinheiro o apostado ganha. Quem fez a operação, tinha convicção de que a ação iria cair. Por isso a suspeita de insider information. E se não caísse?

O Mestre dos Derivativos, Su Choung Wei, que está abrindo uma nova turma para seu curso gratuito de derivativos, conta que existem estratégias em que o investidor sequer precisava apostar na queda, ou ter qualquer tipo de informação privilegiada, para ganhar muito dinheiro com uma movimentação brusca de mercado, como aconteceu com a Petrobras. Bastava usar um straddle.

Em português, straddle pode ser traduzido por “atitude indecisa”. Uma descrição perfeita para o que na prática é feito com um straddle. O professor Su explica que nesta estratégia o investidor compra uma PUT e uma CALL no mesmo strike quando tem a percepção de que haverá um movimento brusco no mercado. No fim das contas, não importa se a ação vai subir muito ou cair muito, o investidor vai ganhar numa das pontas da operação, que compensará e muito a perda total com a outra ponta.

Mas o straddle era só uma das operações possíveis naquele momento com Petrobras. O investidor também poderia usar um strangle, por exemplo, que é muito parecido com o straddle mas reduz a perda ao longo do tempo. No seu curso, Su ensina estratégias simples de derivativos, que qualquer um pode usar. Clique aqui para se inscrever.

Os movimentos do mercado

Uma coisa, no entanto, é muito importante, segundo Su: operar no mercado requer dedicação. “Tem que estar no mercado o tempo inteiro, o dia inteiro”. Só ganharia dinheiro com Petrobras quem estivesse muito atento ao movimento das ações da empresa e ao noticiário.

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Bolsonaro já dava sinais de que estava insatisfeito com o atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco, e os repasses de preços do petróleo para o preço do combustível. Quando ele finalmente anunciou a mudança da presidência da estatal, indicando o general Joaquim Silva e Luna, as ações despencaram 21% em um único pregão. A indicação de que alguma coisa iria mudar na empresa, no entanto, já tinha feito a ação cair 8% no pregão anterior.

Com a notícia da troca da presidência, houve uma percepção por parte dos investidores de que haveria interferência na empresa e por isso elas despencaram. Mas Su lembra que Bolsonaro também poderia ter indicado um super nome de mercado e, em vez de cair, as ações poderiam ter subido significativamente. “Quer especular? Tem que especular direito para não botar o dinheiro da família em risco”, diz Su.

E quando o risco é muito grande, fazer uma estratégia de derivativos faz o risco cair: os ganhos continuam significativos quando a aposta é certeira, mas as perdas são limitadas. Lembrando, sempre, que toda operação com renda variável possui riscos de perda.

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