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SÃO PAULO – Pelo terceiro mês seguido, a caderneta de poupança apresentou mais saques do que depósitos. Com isso, a saída líquida chegou a R$ 7,4 bilhões em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central. Os números, no entanto, mostram leve recuo em relação a setembro – quando os resgates chegaram a R$ 7,7 bilhões, recorde para o período desde 1995, quando começa a série histórica.
O valor é resultado de R$ 278,1 bilhões de depósitos e R$ 285,5 bilhões em retiradas realizadas no mês. No acumulado do ano, a situação não é muito diferente. Os resgates na poupança também superam os aportes, em R$ 30,8 bilhões, montante maior do que os R$ 23,3 bilhões registrados em setembro. Já o saldo total aplicado soma agora R$ 1,027 trilhão.
Ainda que seja bastante popular, a caderneta de poupança oferece baixo retorno quando comparada a outras aplicações financeiras mais conservadoras, mesmo diante de um cenário de alta de juros.
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Isso ocorre porque desde 2012 a poupança tem duas formas de remuneração: quando a a taxa básica de juros está abaixo de 8,5%, o rendimento é de 70% da Selic acrescido da variação da taxa referencial (TR); já quando ela está acima desse patamar, o retorno passa a ser de 0,5% ao mês mais a TR.
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Mesmo assim, em outubro, por exemplo, a poupança rendeu apenas 0,36%, ante variação de 0,49% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa.
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No acumulado do ano, o retorno da caderneta chega a 2,03% (ante 3,02% do CDI) e, em 12 meses, a 2,27%, enquanto o CDI tem variação de 3,35%.