Otimista, Warren Buffett dá seu recado aos investidores: “nunca aposte contra os Estados Unidos”

Megainvestidor reconhece no documento ter cometido um dos grandes erros da carreira ao pagar caro pela Precision Castparts

Reuters

Warren Buffett (Foto: Daniel Zuchnik/WireImage)

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(Reuters) – Nem mesmo a pandemia do coronavírus foi capaz de diminuir o entusiasmo do megainvestidor Warren Buffett com as perspectivas para o crescimento dos Estados Unidos e de seu conglomerado, Berkshire Hathaway, o que o “oráculo de Omaha” expressou de maneira clara em sua carta anual divulgada aos investidores no sábado (27).

Negócios como o da seguradora de automóveis Geico ou da companhia ferroviária BNSF, bem como a Apple, demonstraram resiliência na crise e contribuíram para o crescimento de 23% dos resultados financeiros da Berkshire Hathaway em 2020.

No documento, Buffett manifestou seu otimismo tanto com o desempenho da economia americana – “nunca aposte contra os Estados Unidos”, escreveu –, como também com os rumos de seu próprio negócio.

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No ano passado, a Berkshire Hathaway recomprou um valor recorde de US$ 25 bilhões em ações de sua emissão no mercado, em uma sinalização de que Buffett não concordava com o desempenho das ações.

Um grande erro

Mesmo com o impacto da pandemia sobre os negócios no portfólio, que levaram a um corte de aproximadamente 31 mil postos de trabalho nas empresas investidas pelo bilionário, Buffett curiosamente não chegou a citar a pandemia especificamente ao longo do documento de quase 150 páginas.

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Entre as empresas mais afetadas pela crise em 2020 na carteira está a Precision Castparts, que atua no setor aeroespacial, e que teve de demitir mais da metade dos empregados no último ano.

Buffett chega a admitir na carta que pagou mais do que deveria pelo negócio, em 2016, quando desembolsou US$ 32 bilhões pela empresa. O experiente investidor escreve que, embora esse não tenha sido o primeiro erro do tipo cometido ao longo de sua carreira, foi um dos grandes.

Na carta, o bilionário informa ainda que o tradicional encontro anual promovido com os investidores será feito neste ano em Los Angeles, e não em Omaha, onde centenas de pessoas costumam se reunir para ouvir Buffett, conhecido no mercado como a “Woodstock para os capitalistas”.