Os fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para novembro

Com queda de juros e expectativa de retomada da economia, preferência recai sobre estratégias focadas em shopping centers e lajes corporativas

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Em um ano marcado por três cortes na taxa Selic e expectativas de mais reduções pela frente, reforçando o patamar mínimo dos juros no Brasil, os fundos imobiliários têm se destacado na carteira de investidores. Em meio ao aumento da oferta de produtos e do número de pessoas físicas na Bolsa, o Ifix, índice que replica o desempenho dos FIIs, acumula alta de 18,7% em 2019 até outubro.

Levantamento feito pelo InfoMoney com oito casas de análise (BTG Pactual, Guide, Itaú BBA, Necton, Mirae Asset, Santander Corretora, Terra Investimentos e XP Investimentos) mostra que a preferência dos analistas para novembro recai sobre fundos com exposição ao segmento de logística e lajes corporativas.

Entre os principais fatores que justificam o otimismo com os segmentos estão a queda das taxas de juros e uma retomada da atividade econômica, que devem, segundo os analistas, impulsionar o investimento do setor privado e estimular que empresas procurem por novos escritórios e galpões logísticos.

As carteiras recomendadas citam ainda a expectativa de um aumento no preço dos aluguéis acima da variação da inflação, diante de uma queda nas taxas de vacância e uma sólida absorção líquida (volume de metros quadrados ocupados) nos próximos anos.

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Fundos de shopping centers e recebíveis imobiliários também estão entre os favoritos. Enquanto a avaliação sobre o primeiro tipo está pautada pela visão de retomada do consumo, os fundos de papéis são indicados pelo alto rendimento e como forma de proteção da carteira contra grandes oscilações do mercado, dada a menor volatilidade.

Confira a seguir os 10 fundos imobiliários mais recomendados para novembro e as principais justificativas. Para critério de desempate entre fundos com duas recomendações foram utilizados os maiores valores médios negociados nos últimos 12 meses, com base em dados da provedora de informações financeiras Economatica.

Os 10 fundos imobiliários mais indicados para novembro

Fundo Código Segmento Recomendações Rendimento em 12 meses*
CSHG Recebíveis Imobiliários HGCR11 Papel 4 32,4%
XP Malls XPML11 Shopping center 4 39,5%
CSHG Real Estate HGRE11 Lajes corporativas 3 43,1%
Hedge Brasil Shopping HGBS11 Shopping center 3 44,7%
Kinea Rendimentos Imobiliários KNCR11 Papel 2 5%
CSHG Logística HGLG11 Logística 2 36,4%
BTG Pactual Corporate Office BRCR11 Lajes corporativas 2 8,7%
SDI Rio Bravo Renda SDIL11 Logística 2 43,7%
RBR Rendimento High Grade RBRR11 Papel 2 15,6%
Mogno FoF MGFF11 Fundo de fundo 2 42,7%
Índice de FIIS IFIX 24,5%

Fontes: Economatica, BTG Pactual, Guide, Itaú BBA, Necton, Mirae Asset, Santander Corretora, Terra Investimentos e XP Investimentos.
*Até outubro

CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)

Umas das principais recomendações para este mês, com quatro menções, o fundo imobiliário do Credit Suisse possui a maior parte do portfólio (66%) alocada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). No ano, o fundo acumula ganhos de 25,8%, enquanto em 12 meses, o retorno é de 32,4%, ante valorização de 24,5% do Ifix.

Entre os principais pontos positivos que sustentam a recomendação de compra, a equipe de análise da Santander Corretora destaca a carteira diversificada, com 36 CRIs de ratings elevados (maioria A- ou superior), e boa estrutura de garantias.

“Esperamos que o fundo consiga distribuir nos próximos 12 meses um rendimento atrativo e isento de Imposto de Renda de aproximadamente 7%, bem acima de seu alvo de rentabilidade, de 110% do CDI”, destacou a instituição financeira, em relatório.

XP Malls (XPML11)

Empatado em primeiro lugar no ranking, também com quatro recomendações, o fundo da XP tem como objetivo investir em shopping centers localizados em cidades maduras e resilientes, que tenham uma área bruta locável (ABL) superior a 15 mil metros quadrados.

De acordo com o BTG Pactual, a recomendação se deve à diversificação da carteira, à exposição ao segmento de shopping, à capacidade de gestão da XP Asset e à boa liquidez do fundo.

A opinião é compartilhada pela Santander Corretora, que afirma que, com as últimas emissões de cotas, o fundo tem conseguido montar um portfólio mais diversificado e com níveis de vacância e inadimplência controlados. “Vemos um FII de gestão ativa e com potencial para novas emissões, o que pode deixar o portfólio ainda mais equilibrado, aproveitando-se do atual momento mais aquecido de negociações e aquisições no segmento”, observam os analistas.

CSHG Real Estate (HGRE11)

Com foco em escritórios comerciais, o fundo do Credit Suisse ficou empatado em segundo lugar com o Hedge Brasil Shopping, ambos com três menções. O papel, que havia saído da carteira do Itaú em outubro, voltou a fazer parte da seleção em novembro pelo potencial de desinvestimento de ativos não estratégicos e renovação do portfólio a cap rates (taxas de capitalização, em inglês) atrativas.

“Gostamos da gestão ativa do fundo em relação à compra e venda de ativos. O fundo possui elevada exposição ao Estado de São Paulo, para o qual antecipamos uma redução de vacância mais rápida e aumento no valor do aluguel médio”, diz o Itaú.

Hedge Brasil Shopping (HGBS11)

Com um portfólio composto por 12 ativos, o FII da Hedge Investments foi recomendado por três casas de análise para novembro. Parte da categoria de shopping, tem suas principais concentrações no Shopping Penha (19%), na capital paulista, e no Parque D. Pedro (18%), em Campinas. Em 12 meses, o fundo acumula ganhos de 44,7%, ante 24% do Ifix.

De acordo com a Necton, o fundo está bem posicionado para aproveitar uma retomada da economia, com crescimento nas vendas do varejo. Os analistas citam ainda a boa diversificação de ativos e geográfica, bem como uma baixa taxa de vacância, de 6,5%. “O fundo apresenta uma boa consistência de distribuição de dividendos e possui lucros acumulados que devem ser distribuídos nos próximos meses.”

Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)

Ao fim de outubro, o Kinea Rendimentos imobiliários apresentava alocação em CRI de aproximadamente 91,3% dos ativos do dundo. Adicionalmente, 2,5% da carteira estavam investidos em LCI, de modo que o portfólio de títulos de renda fixa imobiliária representava 93,8% do patrimônio. A parcela remanescente, de 6,2%, está alocada em instrumentos de caixa.

Em carta aos cotistas, o fundo informou que iniciou em maio o processo de distribuição de cotas da oitava emissão, que poderá “contribuir para o aumento de liquidez das cotas no mercado secundário, bem como permitir a aquisição de novas operações atrativas para o fundo, contribuindo para a diversificação da carteira e diluição de riscos”.

Não houve comentários justificando as recomendações de compra nem por parte da Terra Investimentos nem do Itaú BBA. Vale destacar que a Kinea faz parte do grupo Itaú Unibanco.

CSHG Logística (HGLG11

Voltado para operações logísticas e industriais, o portfólio do CSHG Logística é composto por 13 empreendimentos em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais, e conta atualmente com 34 locatários.

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Entre as principais justificativas para a recomendação, a Guide Investimentos destaca que a configuração atual da carteira permite que o fundo entregue, de forma sustentável, um novo patamar de rendimentos recorrentes, no valor de R$ 0,78 por cota, “mesmo diante de pequenos descasamentos entre caixa e competência de aluguéis a receber”.

BTG Pactual Corporate Office (BRCR11)

O fundo de lajes corporativas do BTG Pactual possui uma carteira composta por 11 ativos em grandes centros comerciais. Entre as principais características, a Guide menciona a diversificação do portfólio, a maioria do cronograma de contratos com vencimentos mais longos e uma boa liquidez, com o volume médio diário de negociação de R$ 5,2 milhões em agosto.

SDI Rio Bravo Renda (SDIL11)

O fundo da Rio Bravo investe em imóveis dos segmentos logístico e industrial. Atualmente, a carteira é formada por dois empreendimentos localizados em São Paulo e Rio de Janeiro, com um total de 178 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL).

De acordo com a Santander Corretora, a recomendação se deve aos contratos de locação com prazos longos, com 90% dos vencimentos após 2022, e à finalização de emissão de novas cotas no valor de R$ 125 milhões, que devem aumentar a diversificação do portfólio. “Estimamos um yield atrativo de aproximadamente 6,2% nos próximos 12 meses, isento de IR, e acima do segmento logístico e industrial, que está atualmente em 6%”, escrevem os analistas da casa.

RBR Rendimento High Grade (RBRR11)

Fundo de papel, o RBR Rendimento High Grade investe em títulos imobiliários por veículos como CRIs e Letras de Crédito Imobiliárias (LCIs). Segundo a equipe de análise do BTG Pactual, o diferencial do fundo está no investimento em operações exclusivas de originação própria, de modo que permite a ele customizar taxas, prazos e garantias. Entre as justificativas para a recomendação, os analistas citam a carteira diversificada com ativos de qualidade e garantias reais, a boa liquidez e um time de gestão experiente.

Mogno Fundo de Fundos (MGFF11)

De acordo com a XP Investimentos, que recomenda compra para o Mogno, o investimento em fundos de fundos busca explorar as ineficiências do mercado, as assimetrias de risco e o retorno entre os FIIs listados em Bolsa, além de usar da expertise dos gestores para balancear a exposição das carteiras a segmentos específicos, com o momento e perspectiva de cada um.

Nota: parte dos valores referentes aos rendimentos dos fundos imobiliários em 12 meses da tabela estava incorreta. As informações foram corrigidas em 8 de novembro de 2019, às 16h.

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