Ibovespa: 56.500 pontos é o “novo” 37 mil pontos da era Dilma, diz XP Gestão

Como o pessimismo com o mercado doméstico é crescente, o que aconteceria se voltássemos ao mesmo cenário do início de 2016 - início do processo de impeachment de Dilma Rousseff? 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A postura mais cautelosa em relação à Bolsa brasileira foi adotada por diversos investidores diante da perspectiva de crescimento menor para a economia do país e o cenário internacional desafiador para os mercados emergentes, com destaque para os efeitos negativos do aumento de juros nos Estados Unidos.

Grandes bancos já revisaram suas estimativas. No caso do Santander, a estimativa para o Ibovespa foi reduzida de 97 mil para 78 mil pontos. O UBS também revisou sua expectativa para o Ibovespa e cortou de 83 mil para 73 mil pontos. Como o pessimismo com o mercado doméstico é crescente, o que aconteceria se voltássemos ao mesmo cenário do início de 2016, quando os ânimos em torno do governo Dilma Rousseff se acirraram ainda mais e o pontapé inicial para o processo do impeachment foi dado?

“A simulação não é trivial. Muita coisa mudou desde então. Logo, para tentar chegar em um nível mais confortável, cada um dos nossos analistas fez, empresa por empresa, sua própria estimativa”, informa o time da XP Gestão em carta enviada a clientes na semana passada.

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Para os bancos, foram usados os múltiplos extremamente deprimidos da época. “Números que não vimos nem em 2008”, assinala a XP Gestão. A Vale, em um exemplo oposto, a situação é bem diferente.

“Na época, ela estava extremamente deprimida por estar extremamente alavancada, em um ciclo de investimentos e com o minério nos trinta-e-poucos dólares. Era um risco iminente de necessidade de capitalização. Se a Dilma caísse no exato momento de paraquedas no Planalto, não acreditamos que o minério seria tão afetado. Vale, hoje muito menos alavancada, possivelmente até subiria por ser dolarizada. Para sermos conservadores, consideramos que Vale não sairia do lugar”, detalham os analistas da XP Gestão.

A conclusão do time de analistas é que os papéis teriam queda, em média, de 24%. Na ponderação do Ibovespa, seria algo mais próximo de 20%. Em pontos, o cenário apontaria para um Ibovespa valendo 56.500 pontos, esse patamar seria o equivalente atual dos 37 mil pontos observados no início de 2016. 

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