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SÃO PAULO – As expectativas de redução do ritmo de crescimento global impactaram no preço dos ativos – principalmente ações e câmbio – e, consequentemente, refletiram no desempenho dos fundos de investimento no mês passado. A conclusão é dos economistas da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e foi divulgada na publicação Panorama.
“Ao contrário do observado nos dois primeiros meses do ano, quando o Ibovespa (principal índice da bolsa paulista) subiu e o real se valorizou, em março aconteceu o inverso, ainda que em menor intensidade”, afirma a publicação. No terceiro mês do ano, o índice recuou 1,98% e o dólar teve valorização de 6,1%.
Com isso, os fundos cambiais registraram alta de 6,43% no mês, o melhor da indústria de fundos. Entretanto, o desempenho não foi suficiente para reverter o desempenho negativo acumulado no ano.
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Os fundos de ações, por sua vez, tiveram desempenhos mistos. Enquanto os fundos Ibovespa Ativo, por exemplo, recuaram 0,79% em março, os fundos Ações Dividendos registraram alta de 3,45%.
Captação dos fundos
De acordo com a Anbima, a indústria de fundos de investimento registrou recorde de captação (diferença entre depósitos e saques) em março, com R$ 41,3 bilhões – ou 2,1% do patrimônio líquido. Com isso, o patrimônio líquido dos fundos brasileiros superou o patamar de R$ 2 trilhões.
Os fundos Referenciados DI registraram a maior captação líquida da indústria no mês, de R$ 19,661 bilhões. A entidade ressalta que o resultado foi influenciado pelo aporte “extraordinário” no valor de R$ 21,8 bilhões em um fundo da categoria.
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“É importante destacar, todavia, que a forte captação em um único fundo da categoria referenciado DI possui motivação específica, tratando-se de motivação atípica em uma conjuntura de queda da taxa básica de juro”, diz a Anbima.
Já a captação dos fundos de ações ficou negativa em R$ 195 milhões, diferença entre R$ 2,4 bilhões aplicados e R$ 2,596 bilhões retirados destes fundos no mês.