Multimercado, renda fixa, ações: conheça os principais tipos de fundos

A CVM possui uma classificação, como uma forma de facilitar a comparação entre diferentes fundos

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Os fundos de investimentos são aplicações muito procuradas por investidores que preferem delegar a terceiros a função de gerir a carteira de ativos. Isso porque, quando você investe em um fundo, é o gestor quem decide quais ativos serão adquiridos, sempre dentro das regras definidas por cada classe de fundo.

Por isso, pensando tanto nos investidores quanto nos gestores, a CVM criou uma classificação, como uma forma de facilitar a comparação entre diferentes fundos, e definir algumas “regras do jogo”. 

Fundos Referenciados
Os fundos referenciados precisam acompanhar a variação do índice de referência (benchmark) definido em seu regulamento e para isso devem manter, no mínimo, 95% de sua carteira composta por ativos que acompanhem este indicador.

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O fundo mais popular é o DI, que tem como objetivo acompanhar a variação diária das taxas de juros no mercado interbancário e tem o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como seu benchmark.

Como este tipo de fundo procura acompanhar a variação das taxas de juros, é normal que em um cenário de alta dessas taxas, o seu desempenho seja melhor e o contrário vale para quando as taxas estão em patamares inferiores.

Estes fundos não podem cobrar taxa de performance, a não ser no caso de fundos destinados ao investidor qualificado (com investimentos superiores a R$ 300 mil e que atestem esta condição por escrito).

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Os gestores destes fundos podem utilizar derivativos para compor a carteira, mas apenas com o objetivo exclusivo de proteção (hedge), sem permitir alavancagem.

Fundos de Renda Fixa
Os fundos de renda fixa são os mais populares no Brasil (quase de 1/3 de todo o patrimônio líquido da indústria de fundos é referente a esta modalidade). Entretanto, será que todos estes investidores sabem exatamente como é formada a carteira de um fundo deste tipo e quais as suas principais características?

Estes fundos devem ter pelo menos 80% de seus recursos aplicados em títulos públicos ou privados, pré ou pós-fixados – e por isso o seu principal fator de risco é a variação da taxa de juros ou de índice de preços.

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Nos fundos de renda fixa, os gestores podem utilizar derivativos tanto para proteção da carteira (hedge) quanto para alavancagem.

Nos fundos de Renda Fixa a rentabilidade pode ser beneficiada pela inclusão, em carteira, de títulos que apresentem maior risco de crédito, como os títulos privados (emitidos por empresas).

Fundos Multimercado
Que tal investir uma parte do seu dinheiro em renda fixa, outra parte em renda variável e ainda aumentar as chances de ganhos com derivativos? Parece tentador? E se você conseguisse fazer tudo isso com uma única aplicação, por meio de um apenas um produto de investimento?

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Pois é esta a ideia dos fundos multimercados, considerados os fundos com maior liberdade de gestão. Isto porque a sua política de investimento envolve diversos fatores de risco, sem o compromisso de concentração.

Ou seja, o gestor tem liberdade para investir em ativos de diferentes mercados – como renda fixa, câmbio e ações – e ainda pode utilizar derivativos tanto para alavancagem quanto para proteção da carteira.

Os fundos multimercado podem adotar diversos níveis de risco. Alguns são mais agressivos, e podem apresentar perdas em determinados períodos, em busca de uma rentabilidade elevada no longo prazo. Outros podem ser bastante conservadores, e apresentar baixa volatilidade, mas rentabilidade reduzida também.

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Por conta das grandes diferenças entre os níveis de risco, é sempre importante conhecer bem o perfil de cada fundo, e ver se é adequado ao seu perfil, como investidor.

Fundos de Ações
Você gosta de diversificar suas aplicações e está acostumado a correr algum risco quando o assunto é investimento. Entretanto, não possui muito tempo e nem conhecimento para escolher os ativos e compor a sua própria carteira.

Para você, os fundos de ações podem ser uma boa alternativa. Mas antes de optar por investir neste tipo de aplicação, é interessante conhecer um pouco mais sobre as suas características.

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Também chamados de fundos de renda variável, estes fundos devem investir, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações. Alguns fundos deste tipo têm como objetivo de investimento acompanhar ou superar a variação de um índice do mercado acionário, tal como o Ibovespa ou o IBX.

Seu principal fator de risco é oscilação nos preços das ações que compõem a carteira do fundo, que pode ser negativa. Por isso, é um investimento indicado para objetivos de longo prazo e para investidores que suportem uma maior exposição a riscos em troca de uma expectativa de rentabilidade maior.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip