Mercado Bitcoin adquire licença de instituição de pagamentos do BC

Com nova licença, empresa abre oficialmente operação de sua fintech com conta de pagamento e planos de lançar cartão de débito

Paulo Barros

Os cofundadores do Mercado Bitcoin
Os cofundadores do Mercado Bitcoin

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A corretora de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin recebeu autorização do Banco Central para se tornar uma Instituição de Pagamentos (IP). O anúncio da concessão da licença foi publicado nesta sexta-feira (2) no Diário Oficial da União.

Com a aprovação para se tornar IP, a empresa lança a fintech MB Pay, com conta de pagamento para transações financeiras sem custos usando recursos já depositados pelos clientes da exchange. Um cartão de débito também está nos planos para os próximos meses.

“A aprovação do Banco Central é um passo importante, pois possibilita seguirmos com nossos planos de expansão de negócios para proporcionar uma experiência ainda mais completa para nossos clientes”, diz Roberto Dagnoni, CEO global do MB.

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O lançamento do banco digital do MB havia sido aventado ainda em 2021, mas foi adiado devido à demora no aval do regulador.

Desde então, a corretora investiu em outros verticais, como o MB Tokens, especializado em tokenização, e na oferta de infraestrutura voltada a criptoativos. Nesta semana, a Guide Investimentos anunciou entrada no segmento de ativos digitais por meio de parceria com o MB.

Várias empresas do setor cripto conseguiram recentemente autorização similar do Banco Central. Em maio, a Latam Gateway, provedora de pagamentos da Binance, conseguiu a licença de IP. Além disso, as corretoras Bitso (em março) e Crypto.com (em dezembro), obtiveram a permissão.

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A Cloudwalk, que oferece empréstimos com criptomoedas para pequenas e médias empresas, foi a primeira que atua de alguma forma no setor a obter o aval do regulador, em novembro do ano passado.

Revés na Justiça

Na manhã desta sexta-feira (2), o InfoMoney informou em primeira mão que o Mercado Bitcoin foi condenado a desembolsar o equivalente a cerca de US$ 300 milhões a clientes que acusam o ex-sócio e um dos cofundadores da corretora de fraude — o acusado, Leandro Marciano César, deixou a empresa no final de 2013.

O valor multimilionário, que havia sido depositado em Bitcoin (BTC) em um fundo sem registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), teria sido desviado após um suposto hack na exchange naquele ano, mas uma perícia judicial chegou à conclusão de que o ataque não ocorreu.

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O MB terá que restituir as vítimas de forma solidária, e arcar com 80% das custas processuais. A empresa irá recorrer.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos