Ifix tem terceira sessão seguida de queda; FII RZAK11 é destaque de alta

O fundo imobiliário Riza Akin (RZAK11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,57%

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quarta-feira (14) com queda de 0,15%, aos 2.968 pontos. Foi a terceira sessão seguida de queda do indicador. O fundo Riza Akin (RZAK11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,57%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

Detentor de 15,9% das cotas do FII Vila Olímpia Corporate (VLOL11), o fundo imobiliário Pátria Edifícios Corporativos (PATC11) propôs a venda de ativos do portfólio do fundo, composto por seis pavimentos da torre B do prédio Vila Olímpia Corporate, localizado em São Paulo.

Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (13), a gestão do FII Vila Olímpia Corporate confirmou a proposta do Pátria Edifícios, que pediu a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária de Cotistas (AGE) para discutir o assunto.

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Na AGE, o FII Pátria Edifícios também propõe a discussão de temas como alterações do regulamento e emissão de novas cotas do fundo investido.

A equipe de gestão do Vila Olímpia Corporate afirmou que vai analisar as informações da solicitação antes de convocar a assembleia.

Localizado em uma região nobre para o segmento de escritórios, o edifício Vila Olímpia Corporate tem classificação AAA – de máxima qualidade – e a taxa de vacância dos seis pavimentos do fundo está zerada. Os espaços representam uma área bruta locável de 10.368 metros quadrados.

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Maiores altas desta quarta-feira (14):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RZAK11 Riza Akin Títulos e Val. Mob. 2,57
RBRY11 RBR CRI Títulos e Val. Mob. 1,46
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 1,41
ALZR11 Alianza Trust Renda Logística 1,09
HFOF11 Hedge Top FoF II Títulos e Val. Mob. 0,78

Maiores baixas desta quarta-feira (14):

Ticker Nome Setor Variação (%)
MCHF11 Mauá Capital Hedge Fund Títulos e Val. Mob. -3,39
RBRP11 RBR Properties Outros -2,5
BRCR11 BC FUND Híbrido -2,43
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -2,07
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Outros -2,01

Fonte: B3

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Dividendo do MGHT11 pode ficar R$ 0,23 menor; RZTR11 reduz participação em fazenda

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Atraso em aluguel pode levar Mogno Hotéis (MGHT11) a reduzir dividendos em R$ 0,23 por cota

O FII Mogno Hotéis não recebeu da Selina Brazil Hospitalidade – locatária do fundo – o pagamento do aluguel referente à competência de agosto de 2022, cujo vencimento ocorreu nesta terça-feira (13).

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De acordo com cálculos da carteira, o atraso reduzirá a próxima distribuição de dividendos em, aproximadamente, R$ 0,23 por cota, caso a pendência não seja resolvida ainda neste mês.

O inquilino reconhece a inadimplência que teria ocorrido por um lapso operacional da própria empresa, que ocupa imóvel na Rua Aspicuelta em São Paulo (SP).

Segundo o Mogno Hotéis, a Selina Brazil Hospitalidade já sinalizou que realizará o pagamento do aluguel em aberto ainda neste mês.

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Em setembro, o fundo pagará R$ 0,80 por cota, equivalente a um retorno mensal com dividendos de 1,14%. Em 12 meses, o percentual está em 13,62%.

Leia mais:

FII Riza Terrax ( RZTR11) reduz participação em fazenda investida

A Úbere Agropecuária, locatária do FII Riza Terrax, exerceu parte da opção de compra da fazenda Rio Bonito, em Canarana (MT) e reduziu a participação do fundo no terreno, de 4,9 mil hectares e utilizado para a produção de grãos como soja e milho.

O fundo adquiriu o espaço em uma operação sale-leaseaback – que aluga o imóvel comprado para o ex-proprietário, no caso a Úbere. O acordo também concedeu ao antigo dono e hoje locatário a opção de recompra do terreno.

Nesta terça-feira (13), o fundo recebeu o montante de R$ 37,6 milhões referente ao pagamento antecipado de 45,7% do valor fixado no contrato para a venda do espaço.

Com isso, explica os gestores, o FII Riza Terrax detém agora pouco mais de 54,2% da Fazenda Rio Bonito. O contrato de arrendamento equivalente ao percentual da carteira continua vigente, afirma a equipe de gestão.

Atualmente, o portfólio do fundo é composto por 14 imóveis, que somam uma área total de 52 mil hectares. O patrimônio líquido da carteira é de R$ 1,087 milhão.

FII XP Malls ( XPML11) revisa valor da sétima emissão de cotas do fundo

O FII XP Malls revisou, nesta terça-feira (13), o valor unitário da sétima emissão de cotas do fundo, que pretende captar até R$ 250 milhões.

Inicialmente, o valor unitário da oferta foi fixado em R$ 101,97. No entanto, em fato relevante, a carteira ajustou o número para R$ 102,12. A taxa de distribuição está mantida em R$ 0,76, totalizando assim um preço de subscrição de R$ 102,88 por cota.

Os cotistas com posição no final da sessão desta quinta-feira (15) terão direito de preferência na oferta, que poderá ser exercido entre os dias 19 e 29 de setembro de 2022.

De acordo com o comunicado ao mercado, os recursos captados na nova emissão serão usados para pagamento de dívidas de operações anteriores, expansão dos shoppings Cidade Jardim e Catarina Fashion Outlet, ambos em São Paulo, e outras aquisições de imóveis.

FII Rio Negro (RNGO11) reduz vacância do portfólio com nova locação

O FII Rio Negro assinou contrato para a locação da loja B do edifício Padauiri, integrante de centro administrativo que leva o mesmo nome do fundo, localizado em Barueri (SP).

De acordo com comunicado do fundo ao mercado, o espaço de 289 metros quadrados será locado para uma empresa do setor alimentício, voltado para a culinária mexicana. O prazo do vínculo é de 60 meses.

Após o período de carência – meses sem pagamento de aluguel – a nova locação deverá elevar a receita anual do fundo em R$ 0,06 por cota.

O fundo é proprietário de duas das quatro torres do Centro Administrativo Rio Negro, além do Deck Park, torre destinada ao estacionamento do complexo. A taxa de vacância atual do portfólio está em 25,8%.

Dividendos hoje

Confira quais fundos que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (14):

Ticker Fundo Rendimento
GESE11 General Severiano  R$  14,04
VCRA11 Vectis Datagro  R$    1,50
KNCA11 Kinea Crédito  R$    1,46
KNCR14 Kinea Rendimentos Imobiliários  R$    1,30
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários  R$    1,30
RPRI11 RBR Premium Recebíveis Imobiliários  R$    1,25
KCRE11 Kinea Creditas  R$    1,00
TSER11 Tishman Speyer Renda Corporativa  R$    0,86
KNHY11 Kinea High Yield Cri  R$    0,76
KNSC11 Kinea Securities  R$    0,70
BRCO11 Bresco Logística  R$    0,70
VCJR11 Vectis Juros Real  R$    0,70
HBRH11 Multi Renda Urbana  R$    0,66
KNIP11 Kinea Índice De Preços  R$    0,58
KNIP14 Kinea Índice De Preços  R$    0,58
BTWR11 TC Btowers  R$    0,38
BLMR11 Bluemacaw Renda+ Fof  R$    0,08

Fonte: InfoMoney. Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.

Giro imobiliário: oferta do OUFF11 reacende polêmica emissões de FIIs abaixo do valor patrimonial

Uma oferta de novas cotas planejada pelo Ourinvest FoF (OUFF11) está causando polêmica entre os investidores de fundos imobiliários. Sendo um “fundo de fundos”, que investe em cotas de outros FIIs, o OUFF11 pretende levantar R$ 100 milhões para ir às compras, aproveitando que muitas carteiras ainda estão descontadas no mercado, dados os efeitos da pandemia e da elevação dos juros brasileiros sobre o segmento.

O problema: o OUFF11 quer emitir as novas cotas pelo seu valor de mercado atual, na faixa de R$ 67, abaixo do valor patrimonial do fundo, que é equivalente a R$ 77 por cota.

O valor patrimonial é tido como referência pelos investidores para definição do valor justo de um fundo imobiliário, pois representa a soma de todos os ativos que compõem a carteira do FII. Por isso, de modo geral, a expectativa de muitos investidores era de que o preço das novas cotas do OUFF11 fosse calculado a partir dele.

A Ourinvest Asset, gestora do fundo, abriu uma consulta aos cotistas para que decidam sobre a terceira emissão. O prazo para participar, iniciado no dia 29 de agosto, terminou nesta terça-feira (13). A dúvida entre os investidores era se deviam ou não aprovar a oferta diante dessas condições de preço.

Não é uma questão levantada apenas pelos cotistas do OUFF11. Especialistas afirmam que, normalmente, o valor de novas cotas de FIIs lançadas em ofertas subsequentes é fixado acima do valor patrimonial, beneficiando quem já é investidor – que, mesmo sem participar da oferta, veria sua posição no fundo aumentar.

“Imagine um fundo com valor patrimonial de R$ 100 por cota que faça uma oferta do mesmo número de cotas que já possui, mas a um valor de mercado de R$ 150″, exemplifica Artur Losnak, head de FIIs do TC. “Nesse caso, o valor patrimonial do fundo é elevado automaticamente para R$ 125”, calcula, utilizando a média dos dois valores. “Mesmo sem adquirir novas cotas, a posição do cotista é elevada”.

Uma emissão abaixo do valor patrimonial, por outro lado, teria o efeito contrário: redução da posição de quem já é cotista. E é exatamente este movimento que causa controvérsia em relação ao Ourinvest FoF e outros FIIs que tentem realizar ofertas nestas condições. Neste cenário, alguns fatores deveriam ser observados pelo investidor antes de aprovar ou aderir à emissão.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.