Horizontes mais curtos e menor concentração de posições: como a Garde tem se adaptado à pandemia

Em meio a um cenário desafiador, Marcelo Giufrida, CEO da Garde Asset, diz gostar dos setores de tecnologia e consumo permanente na Bolsa

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Em meio à pandemia de coronavírus, a estratégia de gestoras de fundos de investimento como a Garde Asset tem sido a de encurtar horizontes de análise, selecionar mais o tamanho e a quantidade de posições dos fundos, bem como se apoiar em oportunidades que permitam maior visibilidade.

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Durante teleconferência realizada pelo escritório de agentes autônomos InvestSmart, Marcelo Giufrida, CEO da Garde Asset Management, contou que tem buscado equilibrar o portfólio dos fundos, sem concentrá-lo em um único tema. Hoje, as três principais estratégias da casa estão em juros nominais, Bolsa e câmbio.

No mercado de juros brasileiro, Giufrida diz gostar dos títulos prefixados com vencimentos mais curtos, de um ano e meio até dois anos, como o Tesouro Prefixado 2022.

A avaliação é de que esses papéis tendem a oferecer uma taxa “excessivamente alta”, dada a expectativa da asset de que o Banco Central corte os juros em meio ponto percentual e depois encerre o ciclo de afrouxamento monetário.

“Entrar nesse preço da curva [de juros] nos parece interessante. Ela oferece um prêmio bom em um setor que é mais influenciado pela ação do Banco Central do que pelo cenário macro”, diz.

Bolsa

Em um cenário mais desafiador para os ativos globais, a preferência da Garde na Bolsa é pelo setor de tecnologia, no mercado externo, e por nomes ligados ao consumo permanente, no Brasil, como shoppings e serviços públicos, que oferecem, segundo a gestora, preços atrativos.

“Vamos ver a aceleração de uma série de ferramentas, desde o mundo corporativo ao do consumo, com várias modalidades para trabalhar e consumir que vão se apoiar mais na tecnologia”, afirmou Giufrida.

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Com relação às empresas de consumo permanente, o CEO da Garde diz que elas estão sendo negociadas com um preço muito atraente em relação aos dividendos que serão produzidos.

Nas empresas de concessão de rodovias, a avaliação é de que haverá algum equilíbrio nos contratos: “Se o governo tiver que fazer algum alívio no curto prazo, terá que compensar a negociação pontual de alguma forma, seja alongando o prazo da concessão ou aumentando a tarifa.”

Segundo o CEO da Garde, tais empresas são boas pagadoras de dividendos, possuem baixo risco e, apesar de estarem sendo pressionadas no curto prazo, são boas oportunidades para os horizontes de médio e longo prazo.

Com relação à parte mais defensiva dos portfólios, a Garde possui uma posição comprada (aposta na alta) em dólar, como forma de hedge (proteção) às posições de juros e ações.

“Não vejo o dólar como uma estratégia sozinha. Ele faz sentido para a composição do portfólio do investidor que tem renda fixa e ações, para usar como um seguro, não como posição direcional”, diz.

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