Gestores de multimercados esperam alta de 0,5 ponto na Selic nesta quarta; fim do ciclo ainda é dúvida

Levantamento da equipe de fundos da XP mostra que aposta mais frequente é de que a Selic termine 2022 aos 13,75% ao ano; 34 gestores foram ouvidos

Mariana Segala

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Os gestores de fundos multimercados de estratégia macro esperam, na sua maioria, que Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncie uma elevação de 0,5 ponto percentual na Selic – taxa básica de juros – na reunião que termina na noite desta quarta-feira (15).

Das 34 gestoras consultadas pela equipe de fundos da XP entre segunda (13) e terça-feira (14), apenas uma aposta em um cenário diferente desse, com uma alta de 0,75 ponto.

Se as expectativas dos gestores se concretizarem, a Selic atingirá o patamar de 13,25% ao ano, o mais alto desde janeiro de 2017.

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Considerando a mediana (ponto central) das expectativas, a aposta dos gestores é de que a Selic termine 2022 aos 13,75% ao ano – mas a taxa ao final do ciclo de aperto monetário atual está longe de ser um consenso.

Os 13,75% ao ano estão nas projeções de 16 gestores, mas outros dez acreditam que a Selic estacionará em 13,25% anuais e cinco, em 13,50%. Os mais pessimistas são três, que enxergam a taxa em 14% ou até 14,25% em dezembro.

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Nas últimas semanas, muitos economistas revisaram seus modelos e alteraram as projeções para a Selic, dados os recentes desdobramentos da guerra contra os preços – como a proposta do governo federal de compensar os estados que zerarem o ICMS sobre os combustíveis.

E as mudanças estão ocorrendo rápida e intensamente: na terça-feira (15), a Itaú Asset, que semana passada apostava em uma Selic de 13,75% ao ano, passou a considerar que a taxa chegará aos 15%.

Na mediana, os gestores consultados pela XP acreditam que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro crescerá 0,80% neste ano e a inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), alcançará 6,80%. O câmbio é projetado em R$ 4,70.

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Carteiras

Diante desse cenário, os gestores parecem mais receosos em tomar posições grandes nos diversos mercados neste momento. Segundo o levantamento, 42% dizem não ter posições em juros no Brasil e outros 42% afirmam ter operações pequenas a médias.

No câmbio, predominam os gestores que dizem ter apostas pequenas a médias em dólar contra o real, somando 50%. Na Bolsa, o grupo mais numeroso é o dos que afirmam não possuir posições no mercado de ações local, com 42%.

Nos níveis de preços atuais, as maiores oportunidades, segundo 39% dos gestores, estão nas posições tomadas em juros de países desenvolvidos, apostando na alta das taxas.

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Mariana Segala

Editora-executiva do InfoMoney