Fundos de renda fixa lideram captações da indústria em fevereiro, com saldo positivo de R$ 17,3 bilhões

Captação líquida da classe no ano chega a R$ 47,5 bilhões; na indústria de fundos como um todo, aportes superam os resgates em R$ 34,3 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os fundos de renda fixa lideraram, pelo segundo mês consecutivo, a captação líquida da indústria, com aportes maiores que os resgates em R$ 17,3 bilhões em fevereiro.

No primeiro bimestre, a classe registrou entrada líquida de recursos da ordem de R$ 47,5 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Ao todo, a indústria de fundos de investimento encerrou fevereiro com captação líquida de R$ 38,3 bilhões. No ano, o montante também é positivo, em R$ 34,3 bilhões.

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Contribuíram ainda para o resultado do mês passado os fundos multimercados, com aportes maiores que os resgates em R$ 10,5 bilhões.

Já os fundos de ações registraram captação líquida de R$ 6,8 bilhões, ante resultado negativo de R$ 43,6 bilhões em janeiro. No ano, a classe registra saldo líquido negativo em de R$ 15,2 bilhões.

Segundo a Anbima, a transferência de dois fundos de investimentos em participações (FIPs) do BTG Pactual para a categoria de ações, com entrada na classe de R$ 35,6 bilhões, contribuiu para reduzir o resultado negativo dos fundos de ações no bimestre.

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Nas demais categorias, os fundos de previdência tiveram resgates líquidos de R$ 1,1 bilhão, em fevereiro, e os fundos cambiais, de R$ 40,1 milhões.

Do lado positivo, os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) tiveram entrada de R$ 2,1 bilhões no mês, e os FIPs captaram R$ 622,8 milhões. Os fundos de índice (ETFs) também tiveram saldo líquido positivo, de R$ 2,1 bilhões, no período.

Rentabilidade

Beneficiados pela valorização de 2,5% do dólar em fevereiro, os fundos cambiais se destacaram, com ganhos médios de 1,9% no período.

Entre os multimercados, os melhores desempenhos ficaram com as subcategorias “Long and Short neutro” e “Investimento no Exterior”, com retornos de 0,80% e 0,63%, respectivamente.

Já na classe de renda fixa, apenas quatro das 16 subcategorias ganharam do CDI, cuja variação foi de 0,13% no último mês. Foi o caso dos produtos “Renda Fixa Dívida Externa”, com ganho de 0,90%.

Vale lembrar que, diante das preocupações em torno do risco fiscal no Brasil e do noticiário da Petrobras, os investidores passaram a cobrar um prêmio maior para comprar os títulos emitidos pelo governo, o que levou a uma queda nos preços dos papéis.

No último mês, as perdas dos títulos públicos chegaram a quase 4%, caso do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045.