Seja um investidor, não um colecionador

Ao mesmo em que ter muitos ativos pode sair do controle do investidor, ter poucos pode fazê-lo correr riscos desnecessários

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Como e quanto diversificar a carteira de investimentos é uma dúvida comum. E errar “a mão” na hora de diversificar é um dos equívocos clássicos do comportamento dos investidores, conforme aponta o colunista do site The Motley Fool, Carl Richards. De acordo com ele, quando a diversificação é muito grande e sem sentido, o investidor pode acabar se tornando um “colecionador”.

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Em muitos casos, alguns investidores acabam aplicando em investimentos “da moda”, porque apareceram na mídia ou porque alguém recomendou. Com isso, eles perdem a noção das aplicações que estão em seu portfólio e acabam pagando diversas taxas, além dos impostos, que podem até fazerem perder em rentabilidade.

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“Para qualquer um que possua um portfólio como este, considere uma sugestão relativamente simples: cada componente de uma carteira deve estar lá por uma razão”, adverte Richards.

Nem muito, nem pouco
No entanto, estar pouco diversificado também é um problema. Apostar muito dinheiro em apenas uma ação pode se tornar uma roubada, pois a empresa pode ter algum problema e quebrar, levando todas as suas economias junto. Com medo disso acontecer, alguns investidores optam por investir em fundos de ações, achando que assim estarão com um portfólio diversificado.

Mas Richards lembra que o fundo também pode estar exposto fortemente em um número relativamente pequeno de ações individuais. E isso acontece porque muitos gestores têm as mesmas ideias e acabam aplicando naquilo que está popular na bolsa de valores.

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Portanto, é importante saber a diferença entre ser um investidor e um colecionador para não perder o rumo de seu objetivo financeiro. Diversificar é saber o que está fazendo e aplicar em uma cesta de ativos que façam sentido para você, enquanto colecionar investimentos é aplicar por razões diversas, mas sem um estudo ou análise prévia. Além disso, também é importante avaliar se suas aquisições não o expõe a um risco maior do que você está disposto a correr, novamente com base em seus objetivos.

“O resultado final deve ser um portfólio que reflete esses objetivos, não uma coleção de revistas sobre sua mesa de café”, conclui Richards.