FII XPPR11 recua 7% após corte nos dividendos de março; Ifix fecha estável

E mais: GGRC11 negocia venda de imóvel por R$ 45 milhões; Banco do Brasil atrasa aluguel devido para o BBFI11B

Wellington Carvalho

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O fundo de escritório XP Properties (XPPR11) lidera a lista das maiores baixas da sessão desta quarta-feira (1), considerando os FIIs mais negociados no mercado. As cotas da carteira chegaram a registrar queda de mais 9% na abertura da sessão. Às 11h50, acumulavam perdas de 7,38%.

O desempenho negativo ocorre um dia depois de o fundo anunciar que pagará em março R$ 0,10 por cota – uma redução de quase 70% nos dividendos em comparação com os R$ 0,30 repassados em fevereiro.

Do segmento de escritórios, o XPPR11 enfrenta atualmente uma vacância de 45%, segundo o último relatório gerencial divulgado pelo fundo, em fevereiro. O documento já alertava para a possibilidade de redução na distribuição dos dividendos.

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“Em função do cenário bastante desafiador, o fundo está sujeito a eventuais reduções na distribuição de rendimentos ao longo do ano”, destacava o texto. “Novidades serão tempestivamente comunicadas ao mercado”.

De acordo com a gestão do XP Properties, a ocupação das áreas vagas no segmento corporativo segue abaixo das expectativas do mercado.  Os gestores relacionam o cenário com o legado trazido pela pandemia da Covid-19, que reduziu a circulação nos escritórios, e o próprio cenário macroeconômico.

Com um portfólio composto por cinco imóveis, o XPPR11 tem uma área bruta locável (ABL) de 75 mil metros quadrados. A carteira tem atualmente 18 locatários, entre eles, nomes como Cielo, Shoppe, Merk e HP.

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Os imóveis do XP Properties estão localizados nos bairros de Pinheiros e Vila Madalena, na capital paulista, e em Barueri, na Grande São Paulo.

Os dividendos anunciados para março, de R$ 0,10 por cota, representam um retorno mensal de 0,32%. Em 12 meses, o fundo acumula desvalorização de 52%.

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Ifix hoje

Na sessão desta quarta-feira (1), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com leve alta de 0,01%, aos 2.808 pontos. Confira os demais destaques do dia.

Maiores altas desta quarta-feira (1):

Ticker Nome Setor Variação (%)
TGAR11 TG Ativo Real Desenvolvimento 3,75
MCHF11 Mauá Capital Hedge Fund Títulos e Val. Mob. 3,68
BRCO11 Bresco Logística Logística 3,08
BCIA11 Bradesco Carteira Imobiliária Títulos e Val. Mob. 2,99
BLMG11 Bluemacaw Logística Logística 2,97

Maiores baixas desta quarta-feira (1):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
XPPR11 XP Properties Lajes Corporativas -7,45
HSLG11 HSI Logística Logística -4,07
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas -3,84
ARRI11 Átrio Reit Recebíveis Títulos e Val. Mob. -3,25
HGFF11 CSHG FoF FoF -3,18

Fonte: B3

GGRC11 negocia venda de imóvel por R$ 45 milhões; Banco do Brasil atrasa aluguel devido para o (BBFI11B)

GGRC11 sinaliza venda de galpão em Minas Gerais por R$ 45 milhões

O FII GGR Covepi assinou entendimento para a venda de galpão logístico localizado em Betim (MG) por R$ 45 milhões, conforme aponta fato relevante divulgado pela carteira.

Pelo acordo, o espaço de 21 mil metros quadrados será negociado com a Jefer Produtos Siderúrgicos, atual locatária do imóvel.

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A inquilina já efetuou o pagamento de R$ 10 milhões e em até 15 dias será firmado o instrumento particular de promessa de compra e venda entre o fundo e a empresa.

Assinado o documento, a Jefer depositará, este mês, mais R$ 10 milhões e o saldo remanescente do negócio será dividido em outras seis parcelas.

De acordo com cálculos da gestão do GGRC11, a transação gerou um ganho de capital de aproximadamente R$ 4,4 milhões, ou R$ 0,55 por cota.

“O lucro da venda do imóvel integrará a base de cálculo da distribuição dos rendimentos [dividendos] no respectivo semestre de liquidação de cada uma das parcelas”, comunica o fato relevante divulgado pelo GGR Covepi.

Banco do Brasil atrasa pagamento de aluguel ao FII BB Progressivo (BBFI11B)

Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (28) o fundo BB Progressivo comunicou não ter recebido o pagamento do aluguel devido pelo Banco do Brasil em fevereiro.

A instituição financeira ocupa o imóvel Centro Administrativo (CARJ), no Rio de Janeiro (RJ) e já havia atrasado o pagamento em meses anteriores, conforme sinaliza outros comunicados da carteira.

De acordo com o fundo, a pendência reduzirá a próxima distribuição de dividendos em aproximadamente R$ 7,35 por cota.

Com patrimônio líquido de R$ 366 milhões, o fundo tem hoje 8.495 cotistas. Além do CARJ, o BB Progressivo conta com mais um imóvel, o SEDE I, em Brasília. No final de janeiro, a taxa de vacância do portfólio estava em 39%.

Giro Imobiliário: dividendos: após janeiro na lanterna, um FII de “papel” vira maior pagador de fevereiro – mas gestora faz alerta

Após registrar um dos piores desempenhos em janeiro, o FII Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) encerrará fevereiro com o maior dividend yield (taxa de retorno com dividendos) entre os principais fundos imobiliários da Bolsa. O percentual ficou em 1,56%.

Os números tomam como base os dados da Economatica, plataforma de informações financeiras e levam em consideração os 111 fundos imobiliários que compõem o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa.

Todas as carteiras já anunciaram as distribuições de dividendos previstas para este mês. A última foi o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), que pagará R$ 0,95 por cota nesta terça-feira (28).

Em fevereiro, 54 carteiras tiveram um dividend yield acima de 1%. O número é superior aos 48 registrados em janeiro.

O Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) depositou para os seus mais de 92 mil investidores R$ 0,11 por cota, equivalente a um retorno mensal de 1,56%, o maior entre os FIIs mais líquidos da B3. Confira a lista dos dez maiores pagadores de fevereiro.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.