Lula ou Bolsonaro? Investidor de FII ignora tensão eleitoral e foca no longo prazo, aponta estudo

De acordo com o levantamento, 71% dos entrevistados afirmam que as eleições não influenciaram seus investimentos em fundos imobiliários

Wellington Carvalho

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Esperar o período eleitoral passar para a tomada de decisão de investimento não foi a realidade para a maioria dos cotistas de fundos imobiliários, aponta pesquisa da Brain Inteligência – empresa de consultoria em negócios – em parceria com o Clube FII.

De acordo com o levantamento, 71% dos entrevistados afirmam que as eleições não influenciaram seus investimentos em fundos imobiliários. O percentual está bem acima do daqueles que, de alguma forma, mudaram de comportamento.

Pelo estudo, 11% dos investidores aumentaram um pouco o volume de investimento em FIIs em meio às discussões eleitorais. Outros 10% reduziram os aportes, aponta o levantamento.

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Fonte: Brain Inteligência

Guilherme Werner, sócio da Brain Inteligência, vê no resultado o entendimento do investidor de que o investimento em fundos imobiliários é de longo prazo e que fatos políticos terão pouco efeito ao longo do tempo.

Para a maioria dos entrevistados pela pesquisa, a indiferença em relação às eleições – do ponto de vista do investimento em FIIs – permanecerá após a disputa presidencial, independentemente do vencedor do pleito.

O levantamento aponta que 58% os ouvidos manterão a rotina de investimentos em caso de vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Em caso de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o percentual é de 57%.

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Perfil do investidor em fundos imobiliários

O recebimento de renda mensal segue como a principal motivação do investidor de FIIs, de acordo com a pesquisa da Brain Inteligência e do Clube FII. 92% dos entrevistados têm este objetivo, superando de longe razões como diversificação de portfólio, isenção de imposto de renda ou mesmo valorização da cota.

O percentual do patrimônio destinado a fundos imobiliários se manteve em 50% – mesmo percentual das últimas duas edições do levantamento, realizadas em 2021 e 2020.

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Em relação ao valor investido, 30% dos investidores têm até R$ 25 mil aplicados em FIIs. Outro grupo – que representa 21% do total – dizem investir acima de R$ 500 mil nesta classe de ativo.

A quantidade média de fundos imobiliários na carteira dos investidores aumentou de 13,1 para 14,2, em comparação com o levantamento interior.

Os fundos de “papel” seguem como os queridinhos dos investidores. 73% afirmam que têm esses FIIs na carteira – o índice, porém, é menor do que os 85% do ano passado.

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Também com queda em relação ao estudo de 2021 (67% contra 84%), os fundos de logística aparem na sequência na lista dos preferidos dos cotistas. O segmento de lajes corporativas foi mencionado por 39% dos entrevistados – bem abaixo do percentual de 2021, de 76%.

De acordo com a pesquisa da Brain Inteligência – divulgada durante a edição 2022 do GRI Club Fundos Imobiliários –, 44% dos investidores estão no mercado de fundos imobiliários há mais de três anos.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.