Ifix encerra o dia com queda de 0,12%, aos 2.769 pontos

FII CARE11, focado em cemitérios, descola do restante do mercado e sobe 11,13% nesta segunda-feira (16)

Wellington Carvalho

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O IFIX – índice dos fundos mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta segunda-feira (16) com queda de 0,12%, aos 2.769 pontos. Confira os demais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

A semana começou com a notícia de que o FII Hospital da Criança ( HCRI11) não distribuirá aos cotistas os dividendos previstos para esta sexta-feira, dia 20. A suspensão já havia ocorrido também em abril.

No mês passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo intimou o fundo a pagar R$ 9,7 milhões referentes à sentença de processo movido pela Rede D’Or, locatária do fundo. Do montante, deveria ser descontada dívida de R$ 8,7 milhões da empresa com a carteira. Mesmo assim, as últimas duas distribuições de dividendos da carteira foram canceladas.

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Em 2016, a Rede D’Or entrou na Justiça para reduzir o valor pago ao fundo pela locação do espaço onde funciona o Hospital da Criança, em São Paulo (SP). No primeiro entendimento, a Justiça deu parecer favorável e estipulou novo aluguel, 24% menor do que o valor vigente então.

Até a conclusão da ação revisional, a Rede D’Or seguiu pagando o valor original do contrato. Com a execução da sentença, a empresa obteve o direito de receber do fundo o valor pago a mais, fixado em R$ 9,7 milhões.

Em resposta à decisão, o FII Hospital da Criança protocolou pedido para o cumprimento da sentença de outro processo – de 2011– na qual a Rede D’Or deve ressarcir o fundo em R$ 8,7 milhões. A ação revisional também foi movida pela empresa, mas, neste caso, a Justiça deu parecer favorável ao fundo.

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De acordo com cálculos dos gestores do FII Hospital da Criança, o saldo devido pela carteira, considerando as duas ações, é de aproximadamente R$ 966 mil.

O Hospital da Criança é uma unidade pediátrica em funcionamento desde 1998 na capital paulista. Com área construída de 5,5 mil metros quadrados, o prédio possui 90 leitos, maternidade, centro cirúrgico, unidade de tratamento intensivo e enfermarias.

Outro fundo do segmento de hospitais, o FII Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11), vive situação semelhante. No mês passado, a carteira também teve de cancelar a distribuição de dividendos por causa de dívida com a Rede D’Or.

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Maiores altas desta segunda-feira (16)

Ticker Nome Setor Variação (%)
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Outros 11,13
BTAL11 BTG Pactual Agro Outros 3,02
JSRE11 JS Real Estate Híbrido 1,91
FCFL11 Campos Faria Lima Outros 1,74
BTRA11 BTG Pactual Terras Agrícolas Agro 1,65

Maiores baixas desta segunda-feira (16):

Ticker Nome Setor Variação (%)
NCHB11 NCH High Yield Títulos e Val. Mob. -2,13
RBRF11 RBR Alpha Títulos e Val. Mob. -2,14
XPPR11 XP Properties Outros -2,21
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -2,42
VINO11 Vinci Offices Lajes Corporativas -2,49

Fonte: B3

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Oferta custo zero do NCH Brasil; nova emissão do Valora Hedge Fund

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

NCH Brasil (NCHB11) aprova nova emissão de cotas com custo zero para os cotistas

O fundo NCH Brasil High Yield anunciou, na última sexta-feira (13), que realizará a quinta emissão de cotas da carteira, que pretende captar até R$ 45 milhões.

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Seguindo o recente exemplo do AF Invest CRI (AFHI11), o NCH também optou por uma oferta com custo zero para os cotistas.

“A totalidade dos custos e despesas decorrentes da estruturação e da distribuição das novas cotas não serão arcados pelo Fundo e/ou pelos cotistas subscritores das novas cotas, mas sim serão pagos direta e exclusivamente pela gestora”, sinaliza comunicado da gestão ao mercado.

Sem a cobrança da taxa de distribuição, o preço unitário de subscrição da oferta ficou em R$ 94,81. Na Bolsa, o papel foi negociado na sessão anterior a R$ 97,99, com alta de 1,48%.

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Cotistas com posição no final desta quarta-feira (18) terão direito de preferência na oferta, que poderá ser exercido entre os dias 23 de maio e 2 de junho. O fator de proporção é de 21%.

Os recursos captados pelo NCH Brasil High Yield ajudarão o fundo no investimento em sete certificados de recebíveis imobiliários (CRI), com as seguintes características:

Fonte: FII NCHB11

Valora Hedge Fund (VGHF11) quer captar até R$ 250 milhões em nova oferta

Em fato relevante na sexta-feira (13), o Valora Hedge Fund confirmou a realização da quarta emissão de cotas da carteira, que pretende captar até R$ 250 milhões.

O preço unitário das novas cotas foi fixado em R$ 9,40 e a taxa de distribuição será de R$ 0,33, totalizando um preço de subscrição de R$ 9,73.

Na abertura do mercado nesta segunda-feira (16), os papéis estavam sendo negociados na Bolsa a R$ 97,40, com baixa de 0,60%.

Cotistas com posição no final desta quarta-feira (18) terão direito de preferência na oferta, que poderá ser exercido entre os dias 20 de maio e 1 de junho. O fator de proporção é de 40%.

Dividendos de hoje

Confira quais são os quatro fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta segunda-feira (16):

Ticker Fundo Rendimento
LPLP11 Lago Da Pedra  R$  8,32
CVBI11 VBI CRI  R$  1,50
RVBI11 VBI Reits FoF  R$  0,75
BLCA11 Bluemacaw Catuaí  R$  0,51

Fonte: InfoMoney

Obs.: Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.

Giro Imobiliário: vendas dos shoppings crescem 28% no Dia das Mães e reforçam expectativa para FIIs do segmento

As vendas dos shoppings cresceram 28,6% entre os dias 2 e 8 de maio, em comparação com o mesmo período de 2021, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O intervalo compreende a semana que antecedeu o Dia das Mães. O resultado superou a expectativa do setor.

Neste ano, o comércio nos shoppings movimentou R$ 5,3 bilhões no período, um montante superior aos R$ 4,9 bilhões esperados na previsão do segmento.

Inicialmente, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), a projeção para o período era de aumento nominal de 19%.

O desempenho registrado está em linha com a previsão dos fundos imobiliários de shopping, que já projetavam aceleração na retomada do setor neste trimestre.

Em termos de crescimento real, descontando a inflação, a variação foi positiva em 16% sobre as vendas do ano passado. Na comparação com o Dia das Mães de 2019, o resultado real foi positivo em 4%, melhor desempenho da data após o início da pandemia.

O bom desempenho nas vendas do período é mais um indicativo da recuperação do varejo de shopping aos níveis pré-pandemia e abre a perspectiva de resultados ainda mais animadores ao longo do ano, destaca o presidente da Abrasce, Glauco Humai.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.