Ifix tem melhor semana desde dezembro de 2021; FII TEPP11 sobe 6% na sessão

E mais: 8 fundos pagam dividendos hoje; TEPP11 recebe R$ 28,1 milhões pela venda de imóveis em São Paulo; mapa indica melhores dias para investir em FIIs

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – acumula 12 sessões seguidas de ganhos, maior série desde a encerrada no dia 23 de agosto de 2022, quando o indicador registrou 14 pregões consecutivos de alta. Nesta sexta-feira (12), o indicador fechou com alta de 0,54%, aos 2.994 pontos.

Na semana, o Ifix registrou elevação de 2,01%, o melhor desempenho para o período desde a semana do dia 26 de dezembro de 2021 – alta de 2,94%, na época.

Um dos destaques desta sessão foi o FII Tellus Properties (TEPP11), que subiu quase 6%. O fundo recebeu R$ 28,1 milhões pela venda de 16 conjuntos do Edifício Timbaúba, no bairro da Bela Vista, centro de São Paulo (SP). O negócio foi iniciado em junho de 2022.

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De acordo com a equipe de gestão, o montante representa um ganho de capital equivalente a R$ 0,40 por cota – valor inferior ao anunciado no compromisso de venda.

Ainda segundo o documento, os recursos da transação serão utilizados para o pagamento antecipado dos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) Edifício Fujitsu e Edifício São Luiz.

Desta forma, a dívida do fundo cairá de 15,2% do patrimônio líquido da carteira para 10,2%, de acordo com o comunicado divulgado nesta quinta-feira (11).

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Maiores altas desta sexta-feira (12):

Ticker Nome Setor Variação (%)
TEPP11 Tellus Properties Lajes Corporativas 5,96
DEVA11 Devant Títulos e Val. Mob. 4,74
BRCO11 Bresco Logística Logística 4,17
HCTR11 Hectare Títulos e Val. Mob. 4,15
RBRL11 RBR Log Logística 3,94

Maiores baixas desta sexta-feira (12):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
VTLT11 Votorantim Logística Logística -3,09
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Cemitérios -2,81
XPCI11 XP Crédito Imobiliário Títulos e Val. Mob. -1,8
OUJP11 Ourinvest JPP Títulos e Val. Mob. -1,75
RZTR11 Riza Terrax Híbrido -1,69

Fonte: B3

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BRCO11 sobe 4% após anunciar distribuição de R$ 9 milhões em dividendos extraordinários

O FII Bresco Logístico (BRCO11) opera com forte alta na sessão desta sexta-feira (12), figurando na lista dos maiores ganhos entre os fundos mais líquidos da Bolsa. As cotas da carteira fecharam com elevação de 4,17%.

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O desempenho ocorre um dia após o BRCO11 anunciar a venda do imóvel Bresco São Paulo, localizado na capital paulista, por R$ 325 milhões.

Segundo fato relevante divulgado pela carteira nesta quinta-feira (11), a transação vai gerar um lucro inicial de R$ 142,8 milhões, de acordo com cálculos da equipe de gestão.

“Os recursos da transação serão utilizados para incrementar a distribuição de rendimentos e permitir a aquisição de novas propriedades”, detalha o documento.

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Em relação ao aumento dos rendimentos, o (BRCO11) já confirmou a distribuição de R$ 9,162 milhões em dividendos extraordinários, montante equivalente a R$ 0,62 por cota. O recurso será pago no dia 5 de junho para cotistas que tinham posição no fundo no final da sessão desta quinta-feira (11).

Para a distribuição extraordinária, o fundo usará parte da primeira parcela que o fundo recebeu pela venda do Bresco São Paulo, no valor de R$ 55 milhões.

De acordo com o comunicado da carteira ao mercado, o saldo remanescente da transação será quitado em 48 parcelas mensais de R$ 5,625 milhões corrigidas pela taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).

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Dividendos hoje

Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta sexta-feira (12):

Ticker Rendimento Rentabilidade
HABT11  R$        1,27 1,49%
RPRI11  R$        1,30 1,38%
VCJR11  R$        1,10 1,27%
KNHY11  R$        1,20 1,21%
KCRE11  R$        1,02 1,11%
KNSC11  R$        0,95 1,11%
KNIP11  R$        1,00 1,09%
KNCR11  R$        1,00 1,03%

Fonte: StatusInvest

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Giro Imobiliário: mapa indica melhores dias para investir em FIIs; IPCA desacelera novamente em abril; inflação da construção acumula 8,05% em 12 meses

“Data com” de FII: mapa indica melhores dias para investir e ganhar os próximos dividendos

Ganhar dividendos recorrentes e isentos de imposto de renda é o principal objetivo da maior parte dos quase dois milhões de investidores de fundos imobiliários. Mas em qual dia fazer o investimento para ter direito ao próximo rendimento?

Um mapa produzido pelo InfoMoney mostra as melhores datas para comprar as cotas e ainda tira as principais dúvidas sobre os dividendos pagos pelos FIIs. O levantamento toma como base a chamada “data com”, data limite em que o investidor deve ter as cotas dos FIIs na carteira para ter direito aos dividendos anunciados.

A dinâmica de anúncio e pagamento de dividendos pelos fundos imobiliários é diferente da que as empresas listadas adotam na distribuição de proventos em suas ações listadas na B3. Em geral, após apurar seus resultados, as companhias divulgam com antecedência de semanas – ou até meses – qual será a data de corte para o pagamento dos dividendos, oferecendo ao investidor a oportunidade de comprar a ação e ter direito à distribuição.

No caso dos FIIs, que em sua maioria pagam dividendos mensalmente, o sistema é outro. A “data com” é fixa, ocorre sempre no mesmo dia de cada mês, e normalmente coincide com o anúncio do valor que será pago aos cotistas. Quem não tiver cotas naquele momento, terá de esperar o mês seguinte para se posicionar e receber os dividendos da carteira.

É nesse sentido que o mapa de “data com” de FIIs preparado pelo InfoMoney pode ajudar na organização dos investimentos. Foram considerados os 111 fundos imobiliários que compõem o IFIX, índice dos FIIs mais negociados na Bolsa. Da carteira teórica do indicador, apenas o Brazilian Graveyard And Death Care (CARE11) não tem distribuído rendimentos nos últimos anos.

Segundo o estudo, a data nobre para investir em fundos imobiliários é o último dia útil de cada mês, quando 68 carteiras anunciam rendimentos – ou seja, o investidor que possuir cotas destes FIIs nessa data garante o próximo dividendo que será distribuído pelas carteiras.

Ainda de acordo com o mapa do InfoMoney, 15 fundos têm como “data com” o quinto dia útil do mês; seis, o décimo; e cinco, o oitavo dia útil do mês. Confira o calendário completo abaixo.

IPCA desacelera novamente em abril, para 0,61%, e inflação fica em 4,18% em 12 meses, acima do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, voltou a desacelerar, para 0,61% em abril, após subir 0,71% em março e 0,84% em fevereiro, informou nesta sexta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril de 2022, a inflação no mês foi de 1,06%.

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,18%. No ano, a inflação acumulada é de 2,72%. Em março, essas variações estavam em 4,65% e 2,09%, respectivamente.

Os dados divulgados hoje ficaram acima do consenso Refinitiv que previa inflação de 0,54% no mês e de 4,10% na comparação anual.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo apresentaram alta em abril, com destaque para Saúde e cuidados pessoais, que teve o maior impacto (0,19 ponto percentual) e a maior variação (1,49%).

Segundo André Almeida, analista da pesquisa, o resultado nesse grupo foi influenciado pela alta nos produtos farmacêuticos, justificada pela autorização do reajuste de até 5,60% no preços nos medicamentos, a partir de 31 de março. A contribuição desse item foi 0,12 p.p. e a variação alcançou 3,55%.

Índice da construção civil sobe 0,27% em abril e acumula 8,05% em 12 meses, diz IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,27% em abril, subindo assim 0,07 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior (0,20%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa foi de 8,05%, abaixo dos 9,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril do ano passado, o índice foi de 1,21%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE.

O custo nacional da construção foi de R$ 1.693,67 por metro quadrado em abril, sendo R$ 1.006,82 relativos aos materiais e R$ 686,85 referentes à mão de obra. No mês anterior, o custo havia sido de R$ 1.689,13.

A parcela dos materiais variou 0,42%, um aumento de 0,35 p.p. em relação a março (0,07%). Segundo o IBGE, com essa variação, ocorre um aumento significativo frente à tendência de estabilidade que vinha sendo observada nos índices desde outubro do ano passado. Na comparação com abril de 2022, houve queda de 1,44 p.p.

“Os materiais não estão registrando altas tão grandes quanto as de 2020 e 2021 e, com isso, os indicadores acumulados estão ficando em patamares mais próximos a anos pré-pandemia”, explica em nota Augusto Oliveira, o gerente da pesquisa. No ano, a parcela de materiais acumula alta de 0,56% e em 12 meses, de 6,60%.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.