ETF que investe em empresas globais engajadas com transição para economia verde estreia na B3 nesta 5ª feira

Tesla é a maior posição do índice Russell 1000 Green Revenues 50, que serve como referência para o produto da Itaú Asset

Lucas Bombana

(RomoloTavani/Getty Images)

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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira, 15 de julho, estreia na B3 um ETF (fundo de índice com cotas negociadas em Bolsa) que tem como objetivo replicar o desempenho de uma cesta de ativos globais negociados originalmente em outros mercados.

O novo produto em questão, da Itaú Asset, é o “It Now Russell 1000 Green Revenues 50 Fundo de Índice”, que será negociado na Bolsa sob o código REVE11.

Índice que vai servir de referência para o mais novo ETF do mercado brasileiro, o Russell 1000 Green Revenues 50 mede o desempenho de ações de alta capitalização negociadas nas bolsas nos Estados Unidos, de empresas engajadas no processo de transição para uma economia verde, segundo informações da provedora internacional de benchmarks FTSE Russell.

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O benchmark global que servirá como referência para o ETF da Itaú Asset seleciona as 50 empresas que fazem parte do índice de maior abrangência Russell 1000 Index, que tenham as maiores porcentagens de receitas oriundas de atividades consideradas verdes.

Segundo dados até junho de 2021, a fabricante de carros elétricos Tesla, com 10,6%, representava a maior posição dentro do benchmark de pegada sustentável.

Cisco Systems, de telecomunicações, Danaher Corp, de saúde, e Waste Mgmt Inc, do setor de utilidades públicas, também detêm os maiores pesos dentro do índice.

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Embora tenha sido lançado oficialmente em fevereiro de 2021, o Russell 1000 Green Revenues 50 tem uma base histórica de dados como referência desde junho de 2017. Consideradas essas informações, em dólar, a carteira teórica do índice verde registrou valorização de 13,6% no primeiro semestre, enquanto o Russell 1000 teve rendimento positivo de 15%.

Em 12 meses, as altas são de 69% e 43,1%, respectivamente. Já em três anos, os ganhos ficam em 123,1% e 69,2%.

O REVE11 tem taxa de administração de 0,50% ao ano. A aplicação mínima inicial é o valor de uma cota, começando abaixo de R$ 100, mas podendo sofrer alterações conforme variação de mercado.

“Cada vez mais, a sociedade demanda responsabilidade socioambiental das empresas, e soluções de economia verde tendem a se beneficiar desse movimento”, diz Renato Eid, head de estratégia beta e integração ESG da Itaú Asset, em nota.

Com o lançamento, a B3 passará a ter na grade de produtos a oferta de 37 ETFs de renda variável, que navegam por temas dos mais diversos, como criptomoedas, fundos imobiliários e bolsas regionais, além de outros sete fundos de índice dedicados à renda fixa local.

E o número não para de crescer. Nesta terça-feira, a gestora de criptoativos Hashdex anunciou que prepara o lançamento de outro fundo de índice de Bitcoin no mercado brasileiro, cuja proposta será replicar um fundo que busca neutralizar as emissões de carbono como reflexo da mineração do ativo.

Confira o vídeo a seguir para saber mais a respeito do investimento de estratégia indexada por meio dos ETFs.

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