Emissora de criptomoeda do PayPal admite pagamento de R$ 2,5 milhões em taxa para transferir Bitcoin

Em nota enviada à imprensa, a empresa cripto Paxos disse que o erro ocorreu devido a um bug

Lucas Gabriel Marins

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A Paxos, fintech norte-americana conhecida por emitir criptomoedas, entre elas a stablecoin do PayPal, foi a responsável por cometer um erro na hora de transferir cerca de R$ 9 mil em Bitcoin (BTC) e pagar, acidentalmente, R$ 2,5 milhões em taxas.

Em nota enviada à imprensa na quarta-feira (13), a empresa disse que a falha ocorreu devido a um “bug em uma única transferência e já foi corrigido”. Falou ainda que o imprevisto impactou apenas as operações corporativas da Paxos, sem afetar recursos dos clientes, que “estão seguros”.

A transação milionária foi realizada no domingo (10). No início desta semana, o CEO da PagCripto, Carlos Lain, disse para a reportagem do InfoMoney que as características da transação indicavam que ela havia sido feita por algum usuário avançado. A possibilidade também foi ventilada pelo CTO da solução cripto de autocustódia Casa, Jameson Lopp, nas redes sociais.

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Devolução

Assim como nos bancos, os usuários que fazem transferências de Bitcoin precisam pagar taxas. Quem recebe são os minerados. A diferença é que os investidores, quando fazem transações por conta própria, podem escolher quanto querem pagar.

No geral, quanto mais alto o valor, maior a chance de a transação ser realizada mais rapidamente, passando na frente da fila. Essa possibilidade de preenchimento manual da tarifa, no entanto, aumenta as chances de erros.

Como houve falha na transferência da Paxos, a taxa de transação milionária foi parar em um pool (conjunto) de mineração. No início desta semana, o criador do pool, um empresário chamado Chun Wang, disse que devolveria o valor, desde que o responsável entrasse em contato em três dias.

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Ainda não se sabe se a Paxos entrou em contato com a empresa. No X (antigo Twitter), Wang afirmou que ficou irritado com a situação e que se “arrependeu de ter concordado em reembolsar” o montante milionário.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney