Em dia de decisão do Copom, taxas no Tesouro Direto operam em queda

Investidores aguardaram decisão de política monetária e monitoraram cenário político local; no exterior, foco recaiu sobre pacote de estímulos nos EUA

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas pagas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operavam em queda na tarde desta quarta-feira (9), em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.

A expectativa do mercado é de que a taxa Selic seja mantida no atual patamar, de 2,00% ao ano. A decisão deverá ser divulgada por volta das 18h30.

O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 4,59%, ante 4,65% a.a. ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, cedia de 6,81% para 6,78% ao ano.

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Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,52%, ante 2,56% nesta tarde. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+2035 era de 3,84%, ante 3,83% a.a. anteriormente.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (9):

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Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

Ainda em destaque na agenda doméstica, os investidores aguardaram pela definição sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial.

De acordo com a Bloomberg, o relator da PEC, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), enviou minuta do projeto às lideranças do Congresso, mas admitiu que o texto não é o que gostaria.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo anunciará antes do fim do ano uma redução de subsídios “de forma generalizada”. Segundo ele, será um “forte sinal” para os investidores estrangeiros de que o Brasil está comprometido com o ajuste fiscal e com o equilíbrio das contas públicas.

Com relação ao coronavírus, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou ontem que o governo pretende comprar vacinas aprovadas pela Anvisa para uso em regime emergencial. Ele afirmou que a expectativa é iniciar em fevereiro a vacinação no Brasil.

No dia anterior, o governo havia anunciado a compra de 70 milhões de doses do produto desenvolvido por Pfizer e BioNTech, após o governo de São Paulo ter divulgado o início da vacinação no estado com a Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac.

Esta vacina não é mencionada nos planos do governo federal, que deve anunciar hoje o projeto para distribuição da vacina de Pfizer e BioNTech.

Na agenda de indicadores, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,28% na primeira prévia de dezembro, após ter aumentado 2,67% na primeira prévia de novembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 23,52% em 2020.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), por sua vez, ganhou força nas sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de dezembro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O índice cheio acelerou de 0,94% no fechamento de novembro para 1,35% nesta leitura.

Quadro internacional

No exterior, os mercados acompanharam as negociações em torno do pacote de estímulos à economia dos Estados Unidos, que vem sendo negociado há meses, sem sucesso. Sem ele, 12 milhões de americanos devem ficar sem os benefícios logo depois do Natal.

Os congressistas pretendem votar o pacote até sexta-feira (11), junto com o novo orçamento, sem o qual o governo entra em “shutdown”, com a paralisação de serviços considerados não emergenciais.

Ontem, o Secretário do Tesouro do governo republicano de Donald Trump, Steven Mnuchin, ofereceu à porta-voz da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, uma proposta no valor de US$ 916 bilhões, superior àquela de US$ 908 bilhões apresentada na semana passada por um grupo bipartidário de congressistas.

Pelosi e o líder democrata no Senado afirmaram que a proposta representa um progresso, mas disseram que ela não deve ofuscar a proposta bipartidária. Eles rejeitam especialmente a proposta da Casa Branca de que o financiamento de benefícios a desempregados seja reduzido de US$ 180 bilhões para US$ 40 bilhões.

Nesta quarta-feira, contudo, o líder da maioria no Senado americano, Mitch McConnell, disse que os congressistas do Partido Democrata estão rejeitando propostas dos republicanos para o segundo grande pacote de estímulos.

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