Destaque na crise, fundo de capital protegido é indicado para conservadores

SÃO PAULO – “Fundos que buscam retornos em mercados de risco procurando proteger parcial ou totalmente o principal investido”. É dessa forma que a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) define o fundo de capital protegido, que tem ganhado destaque neste momento da crise econômica mundial.

De acordo com o estrategista de Investimentos Pessoais e superintendente de Vendas da Asset Management do Banco Real, Aquiles Mosca, a modalidade de fundo multimercado ganha importância diante do cenário de incerteza, pois garante o capital investido mesmo que a situação piore.

“Ele elimina a possibilidade de se retirar menos do que se aplicou. Por isso, eles se destacaram e continuam a ser uma boa alternativa”, afirmou Aquiles, para quem, se o cenário mais negativo acontecer, a modalidade continua será uma opção para o investidor com aversão à risco.

Desempenho

O patrimônio líquido dos fundos de capital protegido é de R$ 4,791 milhões, de acordo com últimos dados da Anbid, de 3 de setembro. A rentabilidade no ano é de 9,43%, enquanto a captação líquida fica em R$ 1,637 milhões, também no acumulado de 2009.

Para o gestor da Daycoval Asset, Anderson Rodrigues dos Santos, o fundo é indicado para o investidor mais conservador, “que não quer perder o capital, mas que quer um pouco mais de rendimento”. Além disso, ele explicou que é para quem não olha a rentabilidade e foca somente no valor físico que o investimento traz.

Santos disse que esses fundos aplicam normalmente 100% da carteira em títulos pós-fixados, que rendem o CDI (Certificado de Depósitos Bancários). Com o rendimento, o gestor compra opções.

A opção dá direito de compra ou venda de um montante de um determinado ativo a um preço pré-estabelecido em um período de tempo. No lançamento da opção, este direito é vendido por um prêmio, que é recebido pelo vendedor.