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O medo de perder a última geração de memecoins ajudou a moderar brevemente o impacto negativo do halving do Bitcoin (BTC) – atualização ocorrida na última sexta-feira (19) – sobre os mineradores, que ganham dinheiro garantindo o funcionamento da moeda digital.
As taxas de transação da criptomoeda saltaram para US$ 82 milhões no sábado (20) quando os usuários correram para cunhar tokens especulativos dentro do Bitcoin, de acordo com a casa de análise TheMinerMag, focada em mineração de criptoativos.
As memecoins no Bitcoin surgiram graças ao protocolo Rune, que permite criar criptos dentro da rede da maior cripto do mercado. Ativos digitais semelhantes emitidos em outras blockchains, como o Bonk (BONK), na Ethereum (ETH), e a dogwifhat (WIF), na Solana (SOL), estão entre os ativos de melhor desempenho este ano.
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O protocolo Rune é ideia do desenvolvedor Casey Rodarmor, que também lançou outro mecanismo que permite às pessoas gerar tokens não fungíveis (NFTs) na blockchain. Os usuários pagam taxas extras altas aos mineradores de Bitcoin, que usam computadores especializados para verificar os dados na rede, para que seus pedidos possam ser finalizados e sejam os primeiros a fazer uma memecoin que acreditam ser valiosa.
O lançamento das memecoins do Bitcoin ocorreu após outro evento importante para a indústria cripto. Chamado de halving, a atualização reduz pela metade o subsídio à mineração a cada quatro anos. O subsídio é a quantia fixa de Bitcoin paga a um minerador quando ele é o primeiro a processar com sucesso um bloco de dados. É outra fonte de receita dos mineradores, além das taxas de transação.
Mas as taxas de transação excederam em muito os subsídios em meio ao frenesi das memecoins do Bitcoin, contribuindo com cerca de 75% da receita total dos mineradores da criptomoeda. O montante total foi pago na forma de 1.675 unidades de Bitcoin, totalizando cerca de US$ 109 milhões na época.
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O halving tem sido um catalisador positivo para os preços do Bitcoin, uma vez que reduz a oferta de novas criptos, mas os mineradores deverão perder mais de US$ 10 bilhões em receitas por ano, já que a produção diária caiu de 900 para 450 Bitcoins.
Os mineradores vão começar a depender mais das taxas de transação geradas pelo pagamento ou cunhagem das novas memecoins para não ficarem no vermelho à medida que os subsídios à mineração diminuem. As receitas com a mineração já começaram a encolher, caindo de sua máxima de dois anos, de acordo com dados do provedor de serviços de mineração de criptomoedas Luxor Technology.
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