Contratos futuros de milho batem recorde; já pensou em investir em commodities?

O investimento em commodities pode trazer bons rendimentos, mas as chances de perdas também são altas

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – A quantidade de operações com contratos futuros e de opções sobre commodities em 2011 registrou queda entre 2010 e 2011. De acordo com dados da BM&FBovespa, foram 2.389.454 operações no ano passado, ante 2.702.705 em 2010, o que representa um recuo de 11,5%.

Mesmo com a queda geral, a negociação de milho atingiu recorde de 558.311 contratos negociados no ano passado, entre futuros e opções, superando o recorde de 490.265 contratos negociados em 2010.

De acordo com especialistas, o investimento em commodities pode trazer bons rendimentos, mas as chances de perdas também são altas. E, você, já pensou em operar neste mercado? Sabe como funciona este tipo de investimento?

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Como negociar commodities
De acordo com o especialista em finanças da MoneyFit, André Massaro, a parte operacional no mercado futuro é essencialmente igual às operações de bolsa de valores. “Elas precisam ser feitas através de corretoras e a colocação de ordens pode ser pessoalmente, por telefone, via eletrônica ou mesmo por home broker”, explica.

Entretanto, este mercado é caracterizado pela forte volatilidade e por grande quantidade de especuladores. Por este motivo, o investidor que quiser operar com commodities deve ter experiência com este tipo de transação. “O problema é que no mercado futuro se opera com ‘margem’ (é um mercado altamente alavancado), e os pequenos investidores (e, às vezes, os grandes também) acabam usando a alavancagem de forma inadequada, amplificando muito seus riscos. Quem entende bem o conceito de alavancagem e é disciplinado consegue tê-la como aliado, não como inimiga”, afirma Massaro.

Pequenos investidores
Ele lembra que, historicamente, o mercado futuro é um terreno de investidores profissionais, mas eles começaram a se tornar acessíveis (mundialmente falando) aos pequenos investidores a partir da década de 1090 – com a introdução dos “e-minis” na CME (Chicago Mercantile Exchange). “Os e-minis representam uma fração dos contratos originais (em termos de valor) e são acessíveis a pessoas que dispõem de poucos recursos para participar do mercado”, diz.

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No Brasil, a BM&F criou o webtrading, plataforma eletrônica para negociação de mini-contratos futuros, a versão brasileira dos e-minis. “Hoje existem mini-contratos futuros de boi gordo, café, dólar e índice Bovespa. Os dois últimos são, de longe, os mais ativos e mais populares”, afirma o especialista.

Os valores dependem do contrato adquirido. Com R$ 1 mil, é possível operar day trade com Boi Gordo, Milho e Soja, por exemplo. Já para operar com posição (ficar mais de um dia posicionado com o ativo), é preciso cerca de R$ 3 mil para adquirir um contrato destas commodities.

A facilidade de comprar e vender os contratos costuma depender do tipo de produto negociado. Segundo profisisonais da área, os mercados de café e boi gordo são mais líquidos, enquanto para quem opera com soja e no milho a liquidez pode ser um problema, mesmo em lotes menores.

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De acordo com eles, ao operar em mercados menos líquidos ou para grandes lotes, uma alternativa interessante é utilizar a mesa da corretora.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip