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Como comprar ações do Google; passo a passo para investir

Lucrativa desde que abriu o capital, a empresa de tecnologia é dominante no mercado de publicidade online

Equipe InfoMoney

Qualquer dúvida está a poucos cliques do fim desde que o Google surgiu. Desenvolvida por Larry Page e Sergey Brin, que eram estudantes da Universidade Stanford, a ferramenta de busca na internet foi transformada em uma empresa em 1998. Com o boom da tecnologia nos últimos anos, comprar ações do Google se tornou uma opção para os investidores.

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O que considerar antes de comprar

Para comprar ações do Google, é importante saber que a sua controladora é uma companhia chamada Alphabet. Na verdade, as ações da própria Alphabet é que são negociadas na bolsa de valores. As referências à empresa, no entanto, sempre remetem ao Google. O código de negociação dos papéis na Nasdaq, por exemplo, é “GOOG”.

O investidor deve conhecer algumas características do Google e da sua história ao decidir entre investir na empresa ou não. Abaixo, você confere três delas:

O Google dá lucro desde que abriu capital

Ao contrário de outras empresas de tecnologia, o Google já era lucrativo quando abriu o capital na bolsa de valores, em 2004. No ano anterior, em 2003, a empresa havia registrado receitas de mais de US$ 960 milhões e lucro líquido de US$ 107 milhões.

Ainda assim, o preço das ações durante o IPO (oferta pública inicial) foi motivo de dúvida. Inicialmente, a expectativa era de que os papéis tivessem o valor fixado na faixa entre US$ 108 e US$ 135. No final da operação, no entanto, as ações acabaram sendo vendidas abaixo disso, a US$ 85. A empresa conseguiu levantar US$ 1,9 bilhão. Mas já no primeiro dia de negociação, a cotação de fechamento superou US$ 100.

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Atualmente, as ações do Google são cotadas em torno de US$ 1.200. Ajustando os papéis pelos desdobramentos e outros eventos ocorridos ao longo dos últimos 15 anos, eles valem 23 vezes mais do que na época do IPO.

Em 2018, o lucro do Google superou US$ 30 bilhões. Nos últimos anos, o desempenho dos papéis seguiu a trajetória abaixo:

Na bolsa brasileira, são negociados BDRs – ou Brazilian Depositary Receipts – do Google. São certificados que representam ações emitidas por empresas no exterior, mas negociados no pregão da B3. Esses papéis existem lá fora e ficam depositados (bloqueados) em um custodiante. O responsável por garantir o funcionamento dessa estrutura é a instituição depositária que emite os BDRs no Brasil.

Os BDRs do Google eram negociados a cerca de US$ 185 no início de agosto de 2019. A diferença de valor em relação às ações originais da empresa, listadas na Nasdaq, tem uma razão. Cada papel lá fora dá origem a 25 BDRs aqui no Brasil.

O Google tem a maior reserva de caixa do mercado

O Google tem uma das maiores reservas de caixa de Wall Street. É dinheiro disponível, não comprometido no longo prazo. No segundo trimestre de 2019, o valor chegava a US$ 117 bilhões, conforme o Financial Times. Com esse resultado, a empresa ultrapassou a então campeã de caixa, a Apple, também do setor de tecnologia.

A origem de tanto dinheiro é, principalmente, a receita da venda de anúncios vinculados a resultados de busca. A publicidade tem sido responsável por mais de 80% dos ganhos da empresa nos últimos trimestres. Atualmente, outras linhas de negócios mais recentes do Google – como computação em nuvem, smartphones e automação residencial – ainda são consumidores de caixa, e não geradores.

Embora haja muito dinheiro, a empresa não tem o hábito de distribuir dividendos aos seus acionistas. Não há uma política clara nesse sentido – a preferência, nos últimos anos, tem sido reinvestir os ganhos no próprio negócio. Como as ações estão subindo ao longo dos últimos anos, a reclamação é contida. Mas analistas de mercado apontam que compartilhar pelo menos parte do lucro seria uma boa prática do Google.

Mesmo assim, a indicação de comprar ações do Google é quase uma unanimidade entre os analistas: dos 45 que acompanham a empresa, 40 recomendavam compra no início de agosto de 2019, segundo dados da Thomson Reuters.

Monopólio e privacidade são problemas para o Google

As atividades e a dominância no seu segmento de mercado já causaram problemas ao Google. Na Europa, a empresa já recebeu três multas bilionárias – a última, em março de 2019, por violação de leis antitruste no mercado de publicidade online, foi de 1,5 bilhão de euros.

A atuação de empresas de tecnologia como o Google está despertando cada vez mais atenção das autoridades. Nos Estados Unidos, há questionamento sobre a privacidade dos dados dos usuários e sobre supostas práticas monopolistas. Investigações têm se focado em identificar se as gigantes do setor estão atuando de forma ilegal para prejudicar a concorrência.

As empresas de tecnologia normalmente se defendem argumentando que fazem investimentos pesados em inovação, resultando em produtos diferenciados e gerando empregos.

Passo a passo para investir no Google

Ficou interessado nas ações do Google? Existem duas formas principais de investir nos papéis: diretamente na Nasdaq, bolsa americana em que a empresa é listada, ou por meio dos BDRs negociados na B3.

Os certificados de ações do Google estão entre os papéis estrangeiros mais negociados bolsa brasileira: responderam por 5,35% das operações realizadas com BDRs no pregão entre janeiro e maio de 2019. Identificados pelo código “GOGL34”, eles só perdem para os da Amazon e da Apple.

Você deve seguir algumas etapa antes de investir no Google. Há diferenças importantes entre comprar os BDRs na B3 e aplicar diretamente na Nasdaq. Confira quais:

Na bolsa brasileira (B3)

O primeiro passo para comprar BDRs do Google na B3 é abrir uma conta em uma corretora – exatamente o mesmo de quem quer investir em ações brasileiras. São as corretoras que intermedeiam as ordens de compra e venda dos investidores na bolsa. Existem mais de 80 autorizadas a operar no pregão.

Para escolher uma delas, avalie as taxas de corretagem. Esse valor – que pode ser fixo, em reais, ou um percentual sobre a operação – é cobrado em cada compra ou venda de ações ou BDRs.

Com a conta aberta, o passo seguinte é mandar dinheiro para a corretora. Isso é feito por meio de uma transferência (TED ou DOC) a partir do banco do investidor. Então, é necessário acessar o home broker – sistema de negociação online – ou contatar a mesa de operações pelo telefone para passar o pedido. Ele deve especificar a quantidade e o preço das ações que serão adquiridas.

Na bolsa americana (Nasdaq)

O processo de investir em ações do Google diretamente na Nasdaq é parecido, mas exige abrir uma conta em uma instituição financeira internacional. Há algumas em que é possível enviar os documentos e assinaturas com facilidade e rapidez.

Para abastecer a conta e começar a operar, é preciso realizar uma transferência internacional. Só assim o investidor vai conseguir comprar as ações na bolsa. Esse procedimento demanda uma remessa, por meio dos serviços de um banco ou corretora de câmbio autorizada pelo Banco Central.

Incide Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas remessas internacionais, a uma alíquota de 0,38%,
se as contas tiverem titularidade diferente. Caso a titularidade seja a mesma, a alíquota é de 1,1%.

Daí para frente é só operar. O pagamento de Imposto de Renda mensal é feito no Brasil, com um Darf (documento de arrecadação de receitas federais). Quem aplica como pessoa física nos Estados Unidos desembolsa 15% sobre os ganhos de capital de até R$ 5 milhões. A taxação chega a 22,5% em valores acima de R$ 30 milhões. A variação cambial deve ser considerada, caso a origem dos recursos tenha sido originalmente em reais.

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