SÃO PAULO – Em um dia de maior otimismo nos mercados globais, os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto recuaram na tarde desta segunda-feira (6).
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Contribuíram para o ambiente favorável notícias de controle da segunda onda de contaminações pelo coronavírus na China, bem como projeções de que a recuperação econômica da segunda maior economia do mundo será melhor que a esperada anteriormente.
O jornal estatal Securities Times, da China, disse que promover um mercado em alta “saudável” após a pandemia é agora mais importante para a economia do que nunca.
A retomada na região tem chamado a atenção dos investidores. Maior gestora do planeta, com US$ 6,47 trilhões sob administração, a BlackRock prevê que ações e títulos da China, Coreia do Sul, Japão e Taiwan terão melhor desempenho do que mercados emergentes globais, visão compartilhada também por gestores locais.
No Brasil, o ministro da Economia Paulo Guedes, afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que uma reforma tributária deve ser aprovada ainda neste ano e que, em até três meses, devem ser realizadas quatro grandes privatizações, embora não tenha informado quais estatais serão vendidas.
Mercado hoje
Após operar em queda pela manhã, o dólar virou para leve alta frente ao real nesta tarde. Por volta das 16h15, a moeda subia 0,6%, a R$ 5,34. No primeiro semestre, a moeda americana valorizou 36%.
No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2035 pagava uma taxa de 3,88% ao ano, ante 3,94 % a.a. na tarde de sexta-feira (3). O papel com juros semestrais e prazo em 2040, por sua vez, oferecia uma taxa anual de 3,84%, frente aos 3,88% a.a. pagos anteriormente.
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Entre os papéis com retorno prefixado, o título com prazo em 2026 pagava 6,06% ao ano, ante 6,10% a.a. no último pregão, enquanto o prêmio pago pelo mesmo papel com juros semestrais e vencimento em 2031 cedia de 6,68% para 6,60% ao ano.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (6):
Relatório Focus
Ainda entre os destaques do dia, o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, mostrou leve ajuste na estimativa de contração da economia brasileira. Agora, os economistas veem uma contração de 6,50% do PIB neste ano, abaixo da projeção anterior, de queda de 6,54%.
Para 2021, a atividade deve crescer 3,50%, sem mudanças em relação ao último levantamento.
Também foram mantidas as projeções para a inflação em 2020 (1,63%) e em 2021 (3,00%), bem como as estimativas para a taxa básica de juros, que deve encerrar este ano em 2,00% e o próximo, em 3,00% ao ano.
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