Com ajuda da renda fixa, fundos de investimento têm captação recorde no terceiro trimestre

Segundo a Anbima, os aportes superaram os resgates na indústria em R$ 189,3 bilhões no período

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, que tem levado o brasileiro a deixar mais dinheiro na caderneta de poupança para fazer frente às despesas, a indústria de fundos de investimento segue aquecida e registrou captação líquida de R$ 189,3 bilhões no terceiro trimestre.

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O resultado, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), representa o maior valor de captação da série histórica para o intervalo.

Nos anos anteriores, os meses de julho a setembro somaram entradas de R$ 88,5 bilhões (2019), R$ 27,8 bilhões (2018) e R$ 93,4 bilhões (2017).

No acumulado do ano, a entrada líquida, que considera os aportes menos os resgates, é de R$ 196,4 bilhões.

Em teleconferência com a imprensa, Carlos André, vice-presidente da Anbima, destacou a participação importante da classe de renda fixa no resultado, com uma captação líquida de R$ 21,3 bilhões no último mês, e de R$ 18 bilhões neste ano. No terceiro trimestre, a entrada na classe foi de R$ 109,5 bilhões.

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Segundo ele, a busca por estratégias mais conservadoras, de títulos públicos federais, funcionou como uma forma de proteção por parte dos investidores em meio à crise.

De todo modo, o executivo chamou atenção ainda para a resiliência das captações na classe de ações, que somam R$ 66,5 bilhões no acumulado do ano.

“Considerando os rendimentos negativos das bolsas globais, esse crescimento não deixa de ter um significado e representatividade maiores”, disse. Em 2019 até setembro, a classe havia registrado captação de R$ 51,6 bilhões.

Já nos multimercados, a entrada foi de R$ 81,1 bilhões até setembro, acima dos R$ 58,4 bilhões no mesmo período do ano passado.

Raio-X da indústria

Quando analisada a distribuição do patrimônio líquido da indústria de fundos de investimento, que somou R$ 5,8 trilhões em setembro, o destaque fica com o crescimento das participações de multimercados e ações na base de comparação anual.

Nos fundos de ações, a fatia de 7,7%, em setembro de 2019, foi ampliada para 8,7%, no último mês. O percentual, contudo, é menor do que os 9,1% de dezembro passado.

Já nos multimercados, a participação cresceu 1,7 ponto percentual nos 12 meses encerrados em setembro, para 23,2%.

Fonte: Anbima

A maior representatividade na indústria ainda parte dos fundos de renda fixa, com 38,5%. A fatia, porém, é menor do que os 39,3% registrados pela classe em dezembro, e dos 41,4% de setembro de 2019

As demais classes de fundos de investimento, por sua vez, não sofreram grandes alterações. A fatia de previdência respondia por 16,8%; a de estruturados (Fundos Imobiliários, Fundos de Investimento em Direitos Creditórios e Fundos de Participações), por 11,2%; a de fundos off-shore, por 1%; e a de fundos de índice (ETFs), por 0,5%.

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