SÃO PAULO – Em meio à pandemia de coronavírus, a caderneta de poupança registrou captação líquida de R$ 13,2 bilhões em setembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (6) pelo Banco Central.
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Resultado de depósitos de R$ 294 bilhões e retiradas de R$ 280,8 bilhões, o valor é o maior para um mês de setembro de toda a série histórica do BC, iniciada em 1995, e representa o sétimo mês consecutivo de saldo líquido positivo da poupança.
O valor é praticamente igual ao montante líquido (aportes menos resgates) captado pela caderneta ao longo de todo ano de 2019, quando correspondeu a R$ 13,3 bilhões.
Por trás do movimento estão as medidas do governo para conter os efeitos da Covid-19, como a instituição de um auxílio emergencial, agora de R$ 300, que deve ser pago até o mês de dezembro.
No acumulado do ano, a poupança tem captação líquida de R$ 137,2 bilhões – também recorde histórico para o período –, e caminha para o quarto ano consecutivo de resultado positivo. O valor acumulado até setembro supera, inclusive, os registrados nos anos fechados anteriores.
Com o desempenho do mês passado, o saldo total aplicado na caderneta de poupança atingiu R$ 1,002 trilhão.
Baixa rentabilidade
Com a queda da taxa básica de juros, o retorno oferecido pela caderneta, aplicação ainda muito popular entre os brasileiros, está cada vez menor.
Isso porque, com a Selic a 2,00% ao ano, a caderneta passa a render 1,4%.
Em setembro, a poupança rendeu 0,12%, ante variação de 0,16% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. No ano, o retorno da caderneta chega a 1,76% (ante 2,28% do CDI) e, em 12 meses, a 2,67%, enquanto o CDI tem variação de 3,54%.
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