Central de FIIs: fundos imobiliários destoam do mercado e fecham sessão em leve queda

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quinta-feira (25) em leve queda de 0,03%, aos 2.545 pontos. Na semana, o indicador registra perdas de 1,85% e, no mês, 4,84%. No ano, o Ifix acumula queda de 11,29%

Os investidores iniciaram o dia monitorando os números da prévia da inflação oficial no Brasil, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro assunto no radar é o comportamento do segmento de lajes corporativas em São Paulo, que devolveu quase 60 mil metros quadrados de escritórios no terceiro trimestre (leia mais ao longo do Central de FIIs).

Já os investidores de fundos imobiliários do segmento de renda residencial, especialmente do tipo short stay, seguem atentos à discussão sobre a possibilidade de locação temporária de imóveis em condomínio.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 1,17% em novembro frente outubro – o maior valor para o mês desde 2002, quando ficou em 2,08%. No ano, o indicador acumula alta de 9,57%, e nos últimos 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro, o indicador havia registrado alta de 1,20% na comparação mensal.

O resultado do indicador veio levemente acima do esperado por economistas consultados pela Refinitiv, de alta de 1,10% frente a outubro, e de 10,65% na comparação anual.

Maiores altas desta quinta-feira (25):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
PVBI11 VBI Prime Properties Lajes Corporativas 3,3
JSRE11 JS Real Estate Híbrido 3,24
XPCM11 XP Corporate Macaé Lajes Corporativas 2,79
BPFF11 Brasil Plural Absoluto Títulos e Val. Mob. 2,67
VISC11 Vinci Shopping Centers Shoppings 2,01

Maiores baixas desta quinta-feira (25):

Ticker Nome Setor Variação (%)
GGRC11 GGR Covepi Renda Logística -2,8
HGBS11 Hedge Brasil Shopping Shoppings -2,5
RBFF11 Rio Bravo Ifix Títulos e Val. Mob. -2,38
BTLG11 BTG Pactual Logistica Logística -2,24
XPLG11 XP Log Logística -2,22

Fonte: B3

Melhorias em imóvel do Bresco, atraso no aluguel do edifício Galeria e mais notícias

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Bresco (BRCO11) investirá R$ 17 milhões em melhorias no Whirlpool São Paulo

O fundo Bresco Logístico anunciou a realização de obras no imóvel Whirlpool São Paulo, localizado no bairro Jardim Santa Emília, na capital paulista. O espaço de 51 mil metros quadrados abriga escritório e centro de distribuição e está alugado pela Whirlpool, empresa de eletrodomésticos, desde 2017.

As benfeitorias foram solicitadas pelo locatário e custarão ao fundo R$ 17 milhões. Para o trabalho, serão usados recursos captados durante a quarta emissão de cotas, encerrada em 30 de novembro de 2020.

A duração estimada das obras é de seis meses, com previsão de entrega para maio de 2022.

Como contrapartida ao investimento, o valor do aluguel será ajustado e terá um acréscimo mensal de, aproximadamente, R$ 0,01 por cota.

Além do aumento do valor do aluguel, o contrato de locação teve o prazo de vigência estendido de 18 de janeiro de 2030 para 31 de outubro de 2034.

Cyrela Crédito (CYCR11) anuncia nova emissão de cotas, estimada em R$ 20 milhões

Administrado pelo Banco Genial, o fundo Cyrela Crédito aprovou a realização da 2ª emissão de cotas e pretende captar um montante de R$ 20 milhões. As cotas do novo fundo passaram a ser negociadas na Bolsa na última terça-feira (23).

Segundo fato relevante, o preço unitário das cotas emitidas nesta nova oferta será de R$ 100, mesmo valor do papel negociado na Bolsa.

A oferta é destinada exclusivamente aos cotistas do fundo, que poderão subscrever as novas cotas no prazo de até seis meses a partir do comunicado ao mercado, realizado nesta quarta-feira (24). O fator de proporção é de 37%.

O Cyrela Crédito é um fundo do tipo “papel” – que investe em títulos do setor imobiliário – e captou na primeira emissão o montante de R$ 53 milhões.

Locatários do Galeria (EDGA11) voltam a atrasar pagamento do aluguel

O fundo edifício Galeria não recebeu de alguns locatários o pagamento do aluguel referente ao mês de outubro, com vencimento em novembro.

De acordo com o BTG Pactual, administrador do fundo, o atraso no pagamento gerou um impacto negativo na distribuição dos rendimentos de aproximadamente R$ 0,03 por cota.

Parte do montante em aberto é referente ao aluguel do Restaurante Uniko, que realizou a saída do imóvel no início de novembro.

O fundo é proprietário de 100% do Edifício Galeria, localizado na Rua da Quitanda, no centro Rio de Janeiro (RJ). O imóvel abriga oito pavimentos de lajes corporativas, cinco lojas, dois restaurantes com área de convivência, além de um espaço comercial localizado no térreo e subsolo.

Além do atraso no pagamento dos aluguéis, o fundo edifício Galeria enfrenta também um elevado índice de vacância. Em setembro, a taxa de ocupação do imóvel estava em 51%.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quinta-feira (18):

Ticker Fundo Rendimento (R$)
BTLG11 BTG Pactual Logística 0,72
ALZR11 Alianza Trust Renda 0,63
XPIN11 XP Industrial 0,63
XPML11 XP Malls 0,50

Fonte: InfoMoney

Fundos Imobiliários: tudo o que você precisa saber para começar a investir

Giro imobiliário: Aumenta devolução de lajes corporativas em São Paulo e locação temporária está no radar dos FIIs

Cresce devolução de lajes corporativas em São Paulo

Monitoramento da SiiLa Brasil, plataforma de dados do setor imobiliário, apontou aumento no volume de devoluções de lajes corporativas em São Paulo (SP), região mais relevante para o segmento de escritórios.

De acordo com a pesquisa, o saldo entre as novas locações e devoluções fechou o terceiro trimestre com 59,9 mil metros quadrados negativos, considerando os empreendimentos de classes A+, A e B em todas as regiões comerciais mapeadas pela plataforma na cidade.

Praticamente todas as saídas aconteceram nas chamadas zonas primárias, que incluem as regiões da Berrini, Chácara Santo Antônio, Chucri Zaidan, Faria Lima, Itaim Bibi, JK, Marginal Pinheiros, Paulista, Pinheiros, Santo Amaro e Vila Olímpia. No total, as regiões registraram saldo negativo de 53 mil metros quadrados.

O estudo da SiiLA ainda mostra que, na análise apenas dos imóveis de alto padrão, a taxa de vacância das zonas primárias fechou o 3º trimestre de 2021 em 25,65%, um aumento de 1,8 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre.

Apesar do resultado, Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, mantém expectativa positiva para o retorno aos escritórios. “Os escritórios estão sofrendo bastante por causa da pandemia, mas acreditamos que no longo prazo haverá uma acomodação”, afirma. “A tendência é que as pessoas voltem para os escritórios, ainda que no modelo híbrido. As empresas precisam das suas sedes”.

Decisão do STJ sobre locação temporária de imóveis em condomínios está no radar dos FIIs

Gestores e investidores de fundos imobiliários do segmento de renda residencial monitoram a discussão sobre a possibilidade de locação temporária de imóveis em condomínio. Para fugir de restrições, os FIIs do tipo short stay – que alugam apartamentos por períodos curtos – têm procurado adquirir a maioria das unidades dos edifícios e assumir o controle do espaço.

“No nosso fundo a gente focou em comprar o prédio inteiro ou adquirir uma quantidade de unidades que garanta o controle sobre o condomínio”, confirma Gustavo Ribas, gestor do Navi Residencial, fundo imobiliário que começa a operar em dezembro.

Neste momento, os condomínios podem, por meio de convenção, decidir sobre a locação temporária de imóveis, serviço executado principalmente pelo Airbnb, plataforma online de locação.

A decisão mais recente sobre o tema foi tornada pública nesta terça-feira (23), em julgamento realizado pela 3ª Turma da Corte. Na prática, a medida não proíbe a atuação do Airbnb, mas cria dificuldades para o serviço, que se alastrou por apartamentos e condomínios residenciais.

Pesou na decisão dos ministros do STJ questões relacionadas à finalidade dos imóveis e à segurança dos demais moradores, com a movimentação de gente nos espaços de convivência sem um contrato formal de locação.

Leia mais:

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.