Central de FIIs: em linha com o mercado, Ifix fecha a sessão em queda de 0,36%

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

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SÃO PAULO – O Ifix, índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados da Bolsa, fechou a sessão desta quinta-feira (04) em queda de 0,36%, aos 2.655 pontos. O indicador já acumula queda de 0,75% na semana. No ano, as perdas somam 7,48%.

O desempenho do Ifix provavelmente não animou os investidores de fundos imobiliários que, no terceiro trimestre, somaram 1,5 milhão de brasileiros, um aumento de 40% na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação faz parte do relatório “Uma Análise da Evolução dos Investidores na B3”, divulgado pela Bolsa.

De acordo com o estudo, as pessoas físicas dominam 73% do investimento em fundos imobiliários no pregão. O grupo é responsável por R$ 92 bilhões em custódia, volume 27% maior se comparado ao registrado no terceiro trimestre de 2020.

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Em termos de diversificação, os brasileiros que possuem apenas fundos imobiliários na carteira representam 9% da base de todos os investidores da B3. O índice sobe para 26% quando contabilizados aqueles que detêm FIIs e também ações no portfólio. O grupo fica atrás apenas dos que só investem em ações, que somam 49%.

A participação da mulher na base de investidores de fundos imobiliários aumentou 2 pontos percentuais entre 2016 e o terceiro trimestre deste ano, alcançando 29%.

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Maiores altas desta quinta-feira (04):

Ticker Nome Setor Variação (%)
(RCRB11) Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 2,05
(KFOF11) Kinea FoF Títulos e Val. Mob. 1,93
(VIFI11) Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. 1,43
(LVBI11) VBI Logistico Logística 1,31
(BTAL11) BTG Pactual Agro Outros 1,21

Maiores baixas desta quinta-feira (04):

Ticker Nome Setor Variação (%)
(XPSF11) XP Selection Outros -5,08
(GTWR11) Green Towers Lajes Corporativas -3,81
(RVBI11) VBI Reits Títulos e Val. Mob. -3,21
(HSLG11) HSI Logística Logística -3,1
(MFII11) Mérito Desenvolvimento Híbrido -2,45

Fonte: B3

Novas emissões de Riza e Rio Bravo podem movimentar até R$ 270 milhões

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Riza (ARCT11) quer levantar R$ 200 milhões em nova emissão

O fundo Riza Arctium aprovou a quinta emissão de cotas do fundo em uma oferta que pode chegar a R$ 200 milhões. De acordo com comunicado ao mercado, o valor unitário das novas cotas será de R$ 100. Na sessão desta quarta-feira (03), o ativo fechou valendo R$ 102,69.

Do segmento híbrido, o fundo investe tanto em imóveis físicos para locação quanto em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Em 2021, o retorno com dividendos do Riza Arctium está na casa dos 17% ao ano.

O recurso captado na quinta emissão do fundo será usado para a aquisição de imóveis em Minas Gerais, Goiás e Bahia. O fundo planeja comprar ativos dos segmentos logísticos e educacional.

Quem possuir cotas do fundo até o dia 8 de novembro terá direito à preferência para subscrever as cotas da quinta emissão na proporção de 1,25%.

Quarta emissão do Rio Bravo (RBVA11) prevê captação de R$ 70 milhões

O Rio Bravo Renda e Varejo aprovou a quarta emissão de cotas no valor inicial de R$ 70 milhões. O preço unitário das novas cotas será de R$105,31 mais R$ 2,69 de taxa de distribuição, totalizando R$ 108.

O direito à preferência será concedido aos cotistas com posição no fechamento do pregão do dia 8 de novembro, na proporção de 0,05%. O direito poderá ser exercido, total ou parcialmente, até o próximo dia 23 de novembro.

Na última sessão, as cotas do fundo fecharam em leve queda de 0,09%, valendo R$ 99,15. Em 12 meses, o papel cai 16,93% e o retorno com dividendos no período é de 11,14%.

O Rio Bravo é um fundo imobiliário do tipo “tijolo”, que investe em imóveis para locação. Atualmente, o portfólio do fundo está locado principalmente para os bancos Santander e Caixa Econômica Federal. De acordo com relatório gerencial de novembro, a vacância atual do Rio Bravo é de 0,7%.

Giro imobiliário: Fundos que pagam dividendos acima da Selic e elevação no preço dos imóveis residenciais

Preço dos imóveis residenciais acumula alta de 4,23% no ano

Preço médio de imóveis residenciais sobe 0,43% em outubro, de acordo com o Índice FipeZap, que monitora os valores negociados em 50 cidades brasileiras. A variação do mês passado é a mesma registrada em setembro.

Individualmente, 44 cidades apresentaram aumento de preços em outubro. Os destaques da lista ficaram para Maceió (alta de 1,58%), Vitória (1,46%), Curitiba (1,31%) e Goiânia (1,15%).

Em relação às regiões com queda no preço médio de imóveis vendidos no mês passado, o destaque ficou para Porto Alegre, com leve baixa de 0,07%.

Entre as capitais com maior representatividade no cálculo do Índice FipeZap, São Paulo apresentou elevação de 0,19%, pouco acima da variação apurada no Rio de Janeiro, de 0,12%.

No acumulado de 2021, o indicador totaliza até outubro alta de 4,23% e é impulsionado pela variação registrada em todas as capitais, especialmente Vitória (17,55%), Maceió (4,13%), Florianópolis (12,58%), Curitiba (12,35%), Goiânia (10,93%) e Manaus (9,33%).

As menores variações entre as capitais no acumulado do ano foram observadas em Salvador (1,48%), Rio de Janeiro (1,80%), Belo Horizonte (2,27%), Recife (3,15%) e São Paulo (3,39%).

Com base na amostra de anúncios para venda em outubro, o preço médio do metro quadrado dos imóveis residenciais foi de R$ 7.799. Entre as capitais, São Paulo apresentou o preço médio mais elevado no último mês, de R$ 9.640. Campo Grande registrou o menor valor, de R$ 4.486.

Dez fundos imobiliários que pagam dividendos acima da Selic

Vale a pena trocar os fundos imobiliários por aplicações de renda fixa, que se tornaram mais atrativas com a elevação dos juros no país? O assunto foi destaque na edição desta quarta-feira (03) do programa Liga de FIIs, produzido pelo InfoMoney e apresentado por Maria Fernanda Violatti, analista da XP, e Thiago Otuki, economista do Clube FII. O programa também contou com a participação de Andre Masetti, gestor da XP Asset.

Para os especialistas, ainda que os juros estejam subindo, é possível encontrar fundos imobiliários com rentabilidades superiores. Maria Fernanda listou dez FIIs que oferecem, atualmente, taxa de retorno com dividendos (também conhecida como dividend yield) acima do atual patamar da Selic, de 7,75% ao ano. Confira quais são elas no programa:

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.