Central de FIIs: Ifix fecha estável e interrompe sequência de seis sessões em baixa

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

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SÃO PAULO – O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – operou em leve alta durante toda a sessão desta quarta-feira (10) mas, no final do pregão, fechou no zero a zero, aos 2.627 pontos. O indicador registrou queda nas últimas seis sessões. Em novembro, o índice acumula queda e 1,81% reforçando a preocupação dos investidores.

Em 2021, as perdas acumuladas do Ifix já superam a casa dos 8%, influenciadas principalmente pelo desempenho dos últimos três meses, que fecharam todos no vermelho.

Antônio Sanches, especialista de Research da Rico, sugere cautela ao investidor neste período mais adverso para os fundos imobiliários. Segundo ele, mais importante do que o resultado passado, é projetar como os ativos vão desempenhar no futuro.

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Sanches participou nesta terça-feira do Liga de FIIs, programa produzido pelo InfoMoney e apresentado por Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economia do Clube FII e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney. O programa analisou os fundos mais recomendados para compra no mês de novembro.

Sanches afirmou que comprar um ativo de qualidade com desconto tem grandes chances de ser um bom negócio. E hoje, de acordo com o especialista, há muitas oportunidades entre os fundos imobiliários.

“No final de 2019, quando os fundos imobiliários estavam subindo quase todos os pregões do ano, o P/VP [indicador de preço sobre valor patrimonial] médio estava em torno de 1,22”, lembra Sanches. Pela métrica, o ativo com P/VP de 1 está cotado no preço justo. Acima de 1, estaria caro e, abaixo de 1, com desconto.

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Ele lembrou que no ápice da pandemia os fundos imobiliários estavam sendo negociados com o P/VP médio de 0,85. Hoje o indicador está em 0,88. “Ou seja, os FIIs ainda estão baratos se considerar só patrimônio e sem contar a renda que podem gerar”, afirma Sanches, reforçando que o momento de queda pode ser oportunidade de reposicionar a carteira com fundos mais atrativos.

Maiores altas desta quarta-feira (10):

Ticker Nome Setor Variação (%)
GTWR11 Green Towers Lajes Corporativas 7,31
FEXC11 BTG Pactual Fundo de CRI Títulos e Val. Mob. 2,8
RZAK11 Riza Akin Títulos e Val. Mob. 2,29
SPTW11 SP Downtown Lajes Corporativas 2,15
RBRL11 RBR Log Logística 1,92

Maiores baixas desta quarta-feira (10):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
FLMA11 Continental Square Faria Lima Híbrido -4,16
HGBS11 Hedge Brasil Shopping Shoppings -2,13
XPCM11 XP Corporate Macaé Lajes Corporativas -2,02
KISU11 KILIMA Títulos e Val. Mob. -1,87
URPR11 Urca Prime Renda Outros -1,7

Fonte: B3

Fundos de shopping vão às compras

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

HSI (HSML11) investe quase R$ 7 milhões em área próxima ao Pátio Maceió

O FII HSI Mall fechou a compra do terreno anexo ao shopping Pátio Maceió, ativo do fundo na capital alagoana. Os administradores assinaram a escritura e já tomaram posse do espaço de 14 mil metros quadrados, localizado na avenida Menino Marcelo.

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O fundo pagará R$ 6,9 milhões pelo terreno em doze parcelas mensais de R$ 580 mil. A primeira parcela foi paga nesta terça-feira (9) e as demais serão nos próximos onze meses.

Para a aquisição, o fundo usará recursos do próprio caixa, sem a necessidade de captação de recursos por oferta pública ou alavancagem.

Atualmente, além do Pátio Maceió (AL), o portfólio do fundo conta com participação em outros quatro complexos: Shopping Granja Viana (SP), Super Shopping Osasco (SP), Via Verde Shopping (AC) e Shopping Metrô Tucuruvi (SP).

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O HSI Mall tem hoje quase 120 mil cotistas. O retorno com rendimento do fundo, em doze meses, é de 6,68%. No período, a cota do fundo tem desvalorização de 20%.

Plural (PURB11) compra Rio2 Shopping

O fundo Plural Renda Urbana anunciou a aquisição de 100% do Rio2 Shopping, centro de conveniência localizado no bairro planejado Rio2, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).

O complexo tem área bruta locável de 2,7 mil metros quadrados e abriga 68 lojas, entre elas, uma mega loja ocupada pelo Supermercado Superprix. O Rio2 Shopping conta ainda com 12 lojas de fast food, dois restaurantes e uma academia.

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O valor de aquisição do ativo foi de R$ 30 milhões. Para o pagamento, o Plural usará cerca de R$ 8 milhões do caixa e o restante será captado no mercado (alavancagem).

Com a transação, o fundo passa a ter direito ao recebimento total dos aluguéis mensais do shopping. Considerando a estimativa dos próximos 12 meses de geração de caixa do complexo, a aquisição representa potencial distribuição anual de dividendos na casa de R$ 3,07 por cota.

O Rio2 foi a segunda aquisição do Plural, administrado pelo Banco Genial. Em agosto, o fundo anunciou a aquisição do Península Open Mall, também na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (10):

Ticker Fundo Rendimento (R$)
FIIB11 Industrial Brasil 3,30

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: IPCA volta a acelerar e BlueMacaw mira nos R$ 4 bi

Inflação medida pelo IPCA em outubro é a maior para o mês desde 2002

A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,25% em outubro de 2021 na comparação com setembro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (10), ante uma alta de 1,16% no mês anterior.

Com isso, o indicador acumula altas de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%).

O dado ficou acima do esperado. A expectativa, de acordo com o consenso Refinitiv, era de alta de 1,05% frente setembro de 2021 e de 10,45% na comparação com outubro de 2020.

Leia mais:

BlueMacaw reafirma meta de dobrar recursos sob gestão

Animada com os resultados em 2021, a BlueMacaw, gestora de fundos de investimento alternativos, reafirma plano de alcançar a marca de R$ 4 bilhões sob gestão no ano que vem.

Hoje, o grupo celebra a marca de R$ 2,8 bilhões de ativos sob gestão, volume alcançado com a badalada aquisição de seis andares do edifício Pátio Malzoni, na avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro financeiro de São Paulo (SP). A transação, considerada um dos maiores negócios imobiliários do ano, foi realizada por meio do BlueMacaw Catuí Triple A (BLCA11).

De acordo com Marcelo Fedak, sócio fundador e CEO da BlueMacaw, as mais recentes aquisições, bem como as negociações que estão em andamento, fazem parte do plano estratégico de crescimento da gestora que, no início do semestre, anunciou o objetivo de dobrar a operação no próximo ano. No começo de 2021, o grupo tinha sob gestão R$ 2 bilhões.

A reabertura dos escritórios e o crescimento exponencial do setor de e-commerce estão entre os principais motivos para a alta expectativa de crescimento da operação.

“Vimos que, durante o período mais intenso de isolamento social, os fundos de galpões logísticos mantiveram bons índices operacionais, muito pelo crescimento do setor de e-commerce nesse período”, destaca Fedak, em nota divulgada pela BlueMacaw.

Atualmente, a exposição imobiliária da gestora está concentrada nos setores de escritórios (R$ 580 milhões) e de galpões logísticos (R$ 1 bilhão), além de outras estratégias incluindo Hotéis, fundo de fundos, CRI (certificado de recebíveis imobiliários) e Offshore, que totalizam os R$ 2,8 bilhões atuais.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.